O Benfica regressa na quarta-feira à Liga dos Campeões em futebol, competição que tem sido um verdadeiro ‘pesadelo’ para o clube da Luz, já obrigado a vencer na receção ao Lyon, na terceira jornada do Grupo G.

Das palavras, carregadas de ambição e sonhos, do presidente Luís Filipe Vieira, aos atos, uma série de derrotas e exibições confrangedoras da equipa, vai um ‘abismo’, que ameaça ‘traduzir-se’ numa terceira queda consecutiva na fase de grupos.

Com duas derrotas (1-2 na receção ao Leipzig e 1-3 no reduto do Leipzig), o ‘onze’ de Bruno Lage está já a quatro pontos de russos e gauleses e a três dos alemães, pelo que urge um triunfo, palavra que raramente tem ‘rimado’ com os ‘encarnados’.

Nos últimos 20 jogos na fase de grupos da ‘Champions’, na qual orgulhosamente compete pelo 10.º ano consecutivo, o Benfica soma apenas quatro vitórias — duas face ao Dínamo de Kiev (2016/17) e duas frente ao AEK Atenas (2018/19) -, contra 13 derrotas.

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Em 2016/17, ainda deu para atingir os oitavos, mas seguiu-se uma prestação lamentável, em 2017/18 (seis derrotas, com 1-14 em golos), e nova eliminação, em 2018/19, ‘amenizada’ pela qualidade dos adversários (Bayern Munique e Ajax).

Desta vez, o Benfica também não teve, propriamente, um sorteio favorável – evitou os ‘tubarões’ do Pote 1, mas saíram-lhe equipas fortes do 3 e 4 -, só que, na Champions, a probabilidade de isso acontecer é sempre muito elevada. A verdade é que os encarnados não estiveram, para já, à altura da competição, com poupanças que terão saído caras na receção aos alemães e, depois, com uma atuação sem estofo na Rússia, onde estiveram mais perto de ser goleados do que de pontuar.

O duplo confronto com o Lyon afigura-se, assim, determinante, a começar pelo jogo na Luz, onde, em 2010/11, o Benfica bateu o OL por 4-3, depois de chegar a 4-0. Tem, aliás, um registo imaculado com gauleses em casa (10 vitórias e quatro empates).

Desta forma, as águias só podem pensar em ganhar, face a um conjunto que, mesmo muito mal internamente — o que provocou a troca de treinador (Rudi Garcia sucedeu a Silvinho) –, foi capaz de se impor, ainda que com felicidade, no reduto do Leipzig (2-0).

O holandês Memphis Depay, que inaugurou o marcador na Alemanha e já tinha faturado na receção ao Zenit (1-1), é o perigo número 1 do conjunto gaulês, que tem habitualmente o guarda-redes internacional luso Anthony Lopes na baliza.

No sábado, na estreia de Rudi Garcia, o Lyon ficou-se por um empata a zero na receção ao modesto Dijon, o que aumentou o clima de contestação dos adeptos, numa altura em que são já oito o número de jogos consecutivos sem vencer na ‘Ligue 1’.

Por seu lado, o onze de Bruno Lage logrou, na sexta-feira, uma goleada por 4-0 no reduto do Cova da Piedade, com bis de Pizzi (já 10 golos em 2019/20) e Carlos Vinicius (quatro tentos em menos de 200 minutos), na terceira ronda da Taça de Portugal.

Tendo em conta que jogou com uma equipa da II Liga, o Benfica vai enfrentar o primeiro adversário a sério 21 dias depois da viagem à Rússia, onde só trouxe uma boa notícia, na forma de primeiro golo oficial para o espanhol Raúl de Tomás.

O encontro entre o Benfica e o Lyon está marcado para quarta-feira, pelas 20h00, no Estádio da Luz, em Lisboa, onde os campeões lusos precisam dos três pontos para continuar a sonhar com o apuramento para os oitavos de final.

No outro jogo do agrupamento, o Leipzig volta a jogar em casa, agora perante o Zenit, sendo que só ‘corrigindo’ a pontaria — depois de ‘bisar’ na Luz, Werner perdeu um ‘hat-trick’ de ocasiões claras face aos franceses – poderá derrotar os campeões russos.

Ainda na quarta-feira, destaque para a receção do Inter de Milão ao Borussia Dortmund, num Grupo F que também tem o FC Barcelona na corrida, e do Ajax ao Chelsea, no H. No Grupo E, o campeão europeu Liverpool viaja a Genk.

A ronda arranca na terça-feira, dia em que as atenções se centram em Istambul, onde o Galatasaray recebe o Real Madrid, inesperado lanterna-vermelha do Grupo A, depois do 0-3 no reduto do Paris Saint-Germanin e do sofrido 2-2 com o Club Brugge.