Agora com sinal reforçado em Lisboa 98.7 FM No Porto 98.4 FM Política / Greve Seguir Pessoal não docente de Sintra em greve por melhores condições Trabalhadores não docentes de mais de uma centena de escolas do concelho de Sintra estão em greve desde as 7h esta quarta-feira contra a degradação das condições de trabalho. Agência Lusa Texto 30 Out 2019, 14:49 i ▲Falta de pessoal não docente nas escolas “não tem fim à vista”, disse o dirigente do Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Sul e Regiões Autónomas ANDRÉ DIAS NOBRE / OBSERVADOR ▲Falta de pessoal não docente nas escolas “não tem fim à vista”, disse o dirigente do Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Sul e Regiões Autónomas ANDRÉ DIAS NOBRE / OBSERVADOR Trabalhadores não docentes de mais de uma centena de escolas do concelho de Sintra estão em greve desde as 7h esta quarta-feira contra a degradação das condições de trabalho, o que levou ao encerramento de várias escolas, segundo fonte sindical.Em declarações à agência Lusa, João Santos, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Sul e Regiões Autónomas, adiantou que a falta de pessoal não docente nas escolas “não tem fim à vista”. “A greve de esta quarta-feira, que culminará com uma concentração de trabalhadores em frente à Câmara Municipal de Sintra, tem por objetivo chamar a atenção para a falta de pessoal não docentes nas escolas, a falta de respeito pelos assistentes operacionais e a não regularização da carreira”, disse.João Santos disse à Lusa que às 9h30 já tinha a confirmação de muitas escolas do concelho encerradas, mas não conseguiu quantificar.O dirigente sindical contou que desde há cerca de 10 anos que a autarquia de Sintra gere os trabalhadores não docentes, bem como as escolas do concelho, sem que nada tenha sido feito para resolver os problemas dos trabalhadores. “Continua a haver falta de pessoal não docente, as escolas estão degradadas e sem intervenções básicas”, disse.João Santos indicou que a Câmara de Sintra (distrito de Lisboa) gere 1.110 trabalhadores não docentes (escolas básicas do 1.º ciclo, jardins de infância e escolas básicos do 2.º e 3.º ciclos) e a partir de janeiro passam também para a alçada da autarquia nove escolas secundárias.“A autarquia responde sempre da mesma forma: que cumpre a portaria de rácios. Para nós a única forma de dar resposta aos problemas existentes é contratar acima da portaria, que o Governo não quis alterar”, disse. Quanto às escolas secundárias que ainda estão sob gestão do Ministério da Educação, João Santos diz que a resposta é a mesma, ou seja, que “está a ser cumprida a portaria de rácios”.“Nós queremos ser ouvidos. Tínhamos uma reunião marcada com o presidente da Câmara [Basílio Horta] em 8 de maio para debater estes assuntos, mas foi desmarcada e nunca mais foi agendada. Queremos sentar-nos à mesa para corrigir a situação”, disse.Os trabalhadores não docentes vão concentrar-se esta quarta-feira junto à autarquia, às 14h30, em protesto contra a falta de respostas.