O ministro da Administração Interna disse esta terça-feira que este ano letivo “aumentou significativamente” o número de cadetes oriundos dos Países de Língua Oficial Portuguesa (Palop) na escola superior de polícia.

Eduardo Cabrita falava na cerimónia de abertura do Ano Académico 2019/2020 do Instituto Superior de Ciências Policiais e Segurança Interna (ISCPSI), da PSP, que decorreu terça-feira em Lisboa.

O governante destacou 56 cadetes provenientes de Angola, de Moçambique, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e da Guiné-Bissau, que foram selecionados nos seus países entre centenas de candidatos.

Segundo dados apresentados na cerimónia pelo diretor do ISCPSI, José Carlos Bastos Leitão, este bano letivo conta com 194 cadetes, divididos entre 138 nacionais e 56 oriundos dos Palop, salientando que é um sinal do interesse estratégico que a formação proporcionada pelo instituto tem para estes países.

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Bastos Leitão afirmou que, dos 194 alunos, 54 são mulheres “numa percentagem de 28%, bastante acima dos 8,2% que caracteriza o universo feminino na PSP.

O ministro destacou que “os mais de 20 mil homens e mulheres que servem a PSP têm um papel singular na afirmação de Portugal como um país que é uma referência pelos seus elevados padrões de segurança, pelo respeito pelos direitos fundamentais e pela relação de proximidade com a população”.

“A segurança é hoje um valor que reforça a identidade de relacionamento entre as comunidades nacionais afirma a imagem do país e fortalece a competitividade da economia”, disse.

Eduardo Cabrita acrescentou que cerca de 700 oficiais de polícia foram formados nos últimos anos pelo Instituto e que mais de 150 foram provenientes dos Palop, “o que afirma a dimensão de um compromisso simultaneamente de afirmação de valores próprios da participação de Portugal na União Europeia e do compromisso com os Palop”.