O chefe da missão de observação eleitoral da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, Oldemiro Baloi, disse este domingo à Lusa estar otimista em relação ao processo de votação para a segunda volta das presidenciais na Guiné-Bissau.

“Era de esperar que esta afluência fosse grande, porque trata-se da decisão final”, afirmou Oldemiro Baloi, que assistiu à abertura das urnas na Escola 22 de Setembro, no centro de Bissau.

Numa curta declaração, o antigo chefe da diplomacia moçambicana salientou também que as “urnas abriram a horas” e que há um “grande entusiasmo” por parte dos eleitores.

“A organização é uma réplica muito boa do que foi a primeira volta e estou otimista em relação a todo o processo”, sublinhou Oldemiro Baloi.

Mais de 760.000 guineenses foram chamados este domingo às urnas para escolher o próximo Presidente da Guiné-Bissau entre Domingos Simões Pereira, apoiado pelo Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), e Umaro Sissoco Embaló, apoiado pelo Movimento para a Alternância Democrático (Madem-G15), que passaram à segunda volta das presidenciais, depois de uma primeira ronda realizada a 24 de novembro.

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Em 24 de novembro, nenhum dos candidatos conseguiu mais de metade dos votos para ser eleito, com Domingos Simões Pereira a registar 40,13% e Umaro Sissoco Embaló 27,65%.

A taxa de abstenção na primeira volta foi das mais elevadas de sempre no país, situando-se nos 25,63%.

As urnas encerram às 17:00 locais (mesma hora em Lisboa). Os primeiros resultados oficiais deverão ser divulgados pela Comissão Nacional de Eleições até quarta-feira.

As eleições deste domingo põem fim ao ciclo eleitoral no país, iniciado em 10 de março com a realização de legislativas.

A votação vai ser acompanhada por missões de observação internacional da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), União Africana, Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, Organização da Cooperação Islâmica, Estados Unidos e parlamento britânico.

À semelhança da primeira volta, uma célula de monitorização da sociedade que inclui diferentes organizações vai estar em todo o território nacional para acompanhar as operações voto e apuramento local.