“Corpus Christi-A Redenção”

Finalista pela Polónia ao Óscar de Melhor Filme Internacional, “Corpus Christi — A Redenção”, de Jan Komasa, corre o risco de passar despercebido com a estreia de outros candidatos a Óscares mais vistosos e publicitados, e não o merece. Um formidável jovem ator chamado Bartosz Bielenia interpreta Daniel, um delinquente que saiu do reformatório e sente vocação para o sacerdócio, embora não a possa seguir, por ser cadastrado. Daniel consegue passar por padre na vilazinha onde foi enviado para trabalhar numa serração, e ao princípio pensa em demorar-se só um par de dias e depois fugir com o dinheiro da coleta da missa. Só que a vila está de luto por causa de uma tragédia recente, e Daniel acaba por ir ficando, envolver-se no quotidiano local e tentar resolver os problemas causados por aquela. “Corpus Christi — A Redenção” é um filme poderosa e seriamente dramático sobre os paradoxos da revelação espiritual e da fé, sobre os caminhos tortuosos que Deus pode percorrer e as pessoas improváveis que pode tocar. Komasa, que se inspirou num acontecimento real, e o argumentista Mateusz Pacewicz, bloqueiam toda e qualquer facilidade ou piedade, rematando a história com um final de choque.

“Birds of Prey (e a Fantabulástica Emancipação de uma Harley Quinn)”

Seguindo-se a “Esquadrão Suicida”, esta realização de Cathy Yan apanha Harley Quinn separada do Joker e em bolandas com todos aqueles que maltratou ou indispôs quanto era ainda namorada deste, e que agora, sabendo-a sem a sua proteção, atiram-se a ela com ganas de vingança. E a seguir, a tentar recuperar um precioso diamante que foi roubado a Sionis por uma miúda carteirista, e que esta engoliu quando foi presa pela polícia, acabando por a tentar proteger do vilão Roman Sionis/Black Mask (Ewan McGregor). É ajudada por uma detetive da polícia de Gotham (Rosie Perez), pela cantora do clube noturno de Sionis (Jurnee Smolett-Bell) e pela filha de um mafioso em busca de vingança pelo assassinato da família (Mary Elizabeth Winstead). “Birds of Prey (e a Fantabulástica Emancipação de uma Harley Quinn)” foi escolhido como filme da semana pelo Observador e pode ler a crítica aqui.

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