Talvez não fosse tão famoso como outros contemporâneos, casos de Sam Shepard, Edward Albee ou David Mamet, mas na hora da sua morte, os obituários não esquecem a sua carreira prolífica e sobretudo a forma como granjeou popularidade entre as massas. Terrence McNally, dramaturgo que venceu vários prémios Tony e ainda um Emmy, é a mais recente vítima da Covid-19 nos EUA, avançou a Associated Press.

Autor de textos emblemáticos como “O beijo da mulher aranha”, McNally tinha 81 anos e não resistiu a complicações na sequência do vírus. Morreu esta terça-feira no hospital de Sarasota, na Florida, deixando uma série de trabalhos com uma assinatura que se fez sentir sobretudo a partir de 1987, quando McNally somava já 48 anos. “Frankie and Johnny in the Claire de Lune” (1987), “The Lisbon Traviata” (1989), “Lips Together, Teeth Apart,” (1991) “A Perfect Ganesh” (1993), “Love! Valour! Compassion!” (1994) e “Master Class” (1995) retêm a sua marca e asseguram uma boa dose de diversão aos amantes da cultura popular.

Assumidamente gay, o dramaturgo, que em 2000 perdeu o seu parceiro, Gary Bonasorte, haveria de recuperar nessa The Lisbon Traviata, de 1989, a produção original de Maria Callas de La Traviata, então para o Teatro Nacional de São Carlos, na capital portuguesa, corria o ano de 1958.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR