A Livraria Lello, no Porto, vai abrir na próxima quarta-feira, 1 de abril, aquele que diz ser “o primeiro drive thru livreiro do mundo” e oferecer um livro por dia, que será escolhido e anunciado antecipadamente nas redes sociais. A livraria, que manterá a sua atividade suspensa, quer assim cumprir a sua missão de “pôr o mundo inteiro a ler sempre que haja mundo, leitores e o que ler”.

O drive thru da Lello funcionará de segunda a sexta-feira, entre as 10h e as 12h, por tempo indeterminado. Os livros que serão oferecidos pertencem à  “The Collection”, editada pela livraria, que inclui títulos como O Livro da Selva, de Rudyard Kipling, Romeu e Julieta, de William Shakespeare, O Grande Gatsby, de F. Scott Fitzgerald, ou Os Maias, de Eça de Queiroz.

Os interessados em levar para casa uma destas obras devem inscrever-se no dia anterior até às 18h, por email, fornecendo os seus dados pessoais (nome, morada, email e contacto telefónico). A entrega será feita”por um colaborador da Livraria Lello, que cumprirá todas as normas de segurança e higiene, e entregará os livros diretamente na janela dos carros dos leitores”, esclareceu a Lello em comunicado.

“Este é um verdadeiro ato de ‘Amor nos Tempos da Cólera’ da Livraria Lello e da sua equipa para com os seus leitores, a sua cidade, que são o seu mundo”, garantiu a livraria.

A iniciativa da Livraria Lello surge depois de a ministra da Cultura, Graça Fonseca, ter afirmado esta semana que não existia nada que impedisse que as livrarias continuassem a funcionar desde que vendessem os livros “à porta” ou “no postigo”, com acontece com outros serviços, considerando que os livros também são um bem de primeira necessidade.

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“Depois da sempre literária França ter considerado, na regulamentação especial que implementou para regerem este presente pandémico, os livros como bens de primeira necessidade, a Senhora Ministra da Cultura, Doutora Graça Fonseca, veio clarificar que também em Portugal os livros não eram de menor necessidade do que essa primeiríssima”, apontou a Lello, acrescentando que “entendemos que se os livros têm sempre um papel fundamental na vida das populações, ainda mais assumem um papel insubstituível neste período difícil em que vivemos, durante o qual são um forte contributo para a sanidade mental de todos nós, de cada um de nós”.

As livrarias podem continuar abertas durante o estado de emergência?

Segundo o decreto que procedeu à execução da declaração do estado de emergência efetuada pelo Presidente da República, os espaços de comércio a retalho, suspensos de uma maneira geral, podem no entanto permanecer abertos desde que impeçam o acesso dos clientes ao seu interior e vendam os produtos à porta, ao postigo ou os entreguem em casa. Não existe nada que diga especificamente que as livrarias têm de fechar portas.