Três adeptos do Sporting ficaram feridos, um com mais gravidade, na sequência de confrontos com elementos alegadamente pertencentes a uma claque do Benfica. Dois acabaram mesmo por seguir para o Hospital de Santa Maria na noite/madrugada de domingo para segunda-feira, não sendo conhecidas as extensões das lesões. A PSP já está a investigar o caso, ainda não fez qualquer identificação mas já recolheu informações por parte dos agredidos.

Ainda não são conhecidas as razões para os confrontos, que ocorreram nas imediações do Estádio José Alvalade, entre a Alameda das Linhas de Torres e a rua paralela de acesso a uma das entradas do pavilhão. Num dos dois vídeos gravados por moradores da zona, a que o Observador teve acesso, é visível a presença de um grupo de dez a 15 elementos que agride inclusive no chão um indivíduo, ao mesmo tempo que outros dois tentavam fugir para a zona do Campo Grande. No outro, ouvem-se garrafas a partir no chão junto desse mesmo grupo, que segue em direção à Alameda das Linhas de Torres a correr atrás de outros indivíduos.

“O Comando Metropolitano de Lisboa da PSP informa que relativamente aos vídeos que circulam sobre alegadas agressões entre grupos de adeptos, a PSP foi acionada para a zona do Lumiar, no dia 17 de maio pelas 22h19, por haver notícia de alegadas agressões entre indivíduos”, confirmou a PSP em comunicado.

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Chegados ao local foi possível localizar três vítimas, homens, com idades entre os 20 e os 26 anos, que terão sido agredidos por um grupo de cerca de 15 indivíduos, desconhecendo-se a sua identidade. Duas das vítimas foram transportadas para o Hospital Santa Maria e foram informados dos trâmites legais. A PSP está a desenvolver diligências no sentido de apurar a identidade dos intervenientes”, acrescentou.

De recordar que, nas semanas anteriores mas durante o período do estado de emergência decretado em Portugal por causa da pandemia da Covid-19, já tinham existido outros episódios, sem confrontos: o mural das glórias do Benfica junto ao estádio da Luz na rotunda Cosme Damião tinha sido vandalizado com pinturas verdes, tal como duas Casas do Benfica (Charneca de Caparica e Almada, com inscrições a verde com as iniciais do Sporting) e também o Núcleo do Sporting de Almada (com alusões a vermelho ao Benfica). Fonte da PSP disse ao Observador que, antes deste episódio, não houve qualquer outro relato deste tipo de situações. Não foi encontrada qualquer ligação entre o que se passou e o aniversário do Directivo Ultras XXI, celebrado também este domingo.

“O Sporting repudia, mais uma vez, os episódios de violência que continuam a marcar a vida do Desporto em Portugal. Neste caso, as agressões que tiveram lugar ontem [domingo] à noite, perto das imediações do Estádio José Alvalade, na zona do Lumiar, que resultaram na hospitalização de dois adeptos. A visão do clube assenta no princípio basilar de que o desporto é um meio para atingir um fim – e que tem como objetivo melhorar o bem-estar da vida das pessoas”, salientaram os leões através de um comunicado publicado no site oficial.

“No dia em que faz 24 anos da morte de um adepto do Sporting, no estádio do Jamor, vítima de um very light, é lamentável e preocupante que estes episódios continuem a acontecer. O clube vai continuar a liderar o processo e debate de promoção de um clima saudável e de melhoria do espetáculo desportivo em Portugal e apela por isso, mais uma vez, à intervenção das autoridades num problema que extravasa o âmbito meramente desportivo”, complementa ainda a missiva dada a conhecer pelos responsáveis verde e brancos.

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