Rui Pinto está em prisão domiciliária desde abril, depois de ter acordado colaborar com a Justiça de forma a desencriptar os 10 discos externos que as autoridades judiciárias portuguesas apreenderam na Hungria. Agora, depois de ajudar a Polícia Judiciária a desencriptar o primeiro disco a Justiça tem nas mãos um grande número de informações sobre o caso Luanda Leaks.

A informação é avançada na edição desta segunda-feira do Jornal de Notícias que recorda que o ex-hacker está a viver, em prisão domiciliária, em instalações da PJ em Lisboa e que depois de ser julgado deverá integrar um programa de proteção de testemunhas.

Apesar dessa documentação que estava na posse Rui Pinto não poder ser utilizada diretamente em nenhum processo penal português — por constituir prova proibida por ter sido acedida de forma ilícita — a mesma poderá ajudar a Política Judiciária e o Ministério Público a encontrar outras provas por via legal.

Rui Pinto já tinha admitido ser a fonte do Luanda Leaks, num comunicado divulgado pelos seus advogados em janeiro, estes afirmavam que o ex-hacker procurou, com a divulgação da informação “ajudar a entender operações complexas conduzidas com a cumplicidade de bancos e juristas que não só empobrecem o povo e o Estado de Angola, mas podem ter prejudicado seriamente os interesses de Portugal”.

Rui Pinto foi mesmo a fonte do Luanda Leaks, confirmam os advogados

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