Manuel Monteiro regressou esta semana ao CDS, mas não regressou com ideias de assumir uma candidatura presidencial. A garantia foi deixada esta tarde no programa Vichyssoise, da Rádio Observador: “Não sou hipótese. Isso está completamente fora de questão desde que, essa entre-aspas, “hipótese” foi equacionada”.

[Ouça aqui na íntegra a entrevista a Manuel Monteiro:]

O regresso de Manuel Monteiro

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Numa altura em que o nome de Adolfo Mesquita Nunes, ex-vice presidente do CDS, também está a ser lançado para o debate político, Manuel Monteiro recusa dizer se votaria nele, porque não há nenhuma candidatura assumida sequer, admitindo contudo que mais depressa votaria em Marcelo Rebelo de Sousa.

Manuel Monteiro admite nesta entrevista que não votou em ninguém nas últimas eleições presidenciais, mas “se tivesse ido votar por necessidade votaria em Marcelo Rebelo de Sousa”. O mesmo acontece agora.

Líder do CDS-PP considera “extemporâneo e até insultuoso” discutir agora presidenciais

Quando questionado, em jeito de brincadeira, sobre em quem votaria, entre Marcelo e Adolfo Mesquita Nunes, se só houvesse estas duas opções, Monteiro escolheria Marcelo Rebelo de Sousa por se identificar mais com o pensamento político.Quanto à ideia de o CDS vir a ter um candidato presidencial próprio, Manuel Monteiro não bate o pé. “[O CDS] pode até apoiar o professor Marcelo Rebelo de Sousa, mas sem prescindir por um segundo que seja de o criticar quando entender que o deve fazer”, diz, admitindo que “há uma direita que não gosta de muitas das coisas que são feitas pelo professor Marcelo Rebelo de Sousa, justa ou injustamente“. Prova disso é o facto de neste momento “o único líder político que se chegou à frente” no apoio à recandidatura de Marcelo foi António Costa.

“Às vezes há a sensação, provavelmente errada, de que o colo mais confortável que o primeiro-ministro de Portugal possui é dado pelo Presidente da República”, diz ainda, admitindo que não tem uma solução óbvia para este beco sem saída em que a direita se encontra. “Qual é a solução para isto? A solução para isto é que a direita não tem de ter medo. Significa isto que tem de ter um candidato? Não obrigatoriamente”, afirma.