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Carvalhal e uma equipa do Rio Ave que é digna de muitos vídeos no TikTok por aquilo que joga (e pelos recordes que bate)

Este artigo tem mais de 3 anos

Numa semana marcada pela dispensa do italiano Antonucci por usar e abusar do TikTok, V. Setúbal somou décimo jogo seguido sem ganhar com um Rio Ave que joga, gosta de jogar e somou novo recorde (1-2).

Carlos Carvalhal fez história pelo Rio Ave na deslocação a Setúbal, frente a um Vitória que já orientou (com sucesso)
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Carlos Carvalhal fez história pelo Rio Ave na deslocação a Setúbal, frente a um Vitória que já orientou (com sucesso)

SOPA Images

Carlos Carvalhal fez história pelo Rio Ave na deslocação a Setúbal, frente a um Vitória que já orientou (com sucesso)

SOPA Images

Bruno Conti, recorda-se? Hoje tem 65 anos, é o líder do departamento de prospeção e recrutamento da Roma e fez história não só no clube da capital mas no futebol transalpino com um ano de sonho entre 1982 e 1983, quando se sagrou campeão mundial em Espanha na equipa de Paolo Rossi, Marco Tardelli, Zoff, Bergomi, Altobelli ou Gentile depois de vencer na final a RFA por 3-1 (sendo que o jogo mítico foi um 3-2 na fase de grupos com o Brasil de Zico, Sócrates e Falcão) e ganhou depois a Serie A com os giallorossi. Em resumo, um marco no clube que faz lei quando opina. E também o olheiro que, ao ver Mirko Antonucci com 13 anos, achou que ia dar jogador.

Franzino mas talentoso, fez o resto da formação na Roma e estreou-se na formação sénior ainda com 18 anos, dois meses depois de ter assinado o primeiro contrato profissional, fazendo dois jogos na Serie A de 2017/18 tendo Eusebio Di Francesco como treinador e merecendo ainda a estreia na Champions, onde foi suplente utilizado (entrou para o lugar de El Shaarawy) no triunfo por 4-2 dos transalpinos frente ao Liverpool que ficou apenas a um golo de levar a decisão na segunda mão das meias para prolongamento. Na temporada seguinte, para ganhar algum “calo”, foi cedido ao Pescara, da Serie B, sem conseguir marcar qualquer golo. Regressou esta época à capital com Paulo Fonseca, fazendo mais dois encontros como suplente utilizado na Serie A e outros tantos na Liga Europa, ainda assim pouco para um jovem de 20 anos. Um novo empréstimo tornou-se uma necessidade.

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Foi neste contexto que o avançado chegou ao Bonfim. “Rápido, tecnicista e forte no 1×1, Mirko Antonucci atua preferencialmente nas alas do ataque mas também pode pisar terrenos mais interiores, funcionando como segundo avançado. É, assim, mais uma opção de ataque para o treinador Julio Velázquez”, destacava o V. Setúbal. Só nas últimas três jornadas antes da paragem começou a ser opção mas no primeiro jogo da retoma foi mesmo aposta inicial na Madeira frente ao Marítimo (1-1), tendo no jogo seguinte saltado no banco para marcar ao Santa Clara (2-2), condição que manteve na última jornada, no Bessa, com o Boavista (1-3). Agora, deixou o clube.

“Mirko Antonucci já não é jogador do Vitória. Comunicou-se ao seu clube de origem, a Roma, que o empréstimo termina agora e que não contamos mais com o jogador. Pelo que representa este símbolo, pela história do clube e por respeito aos adeptos, um jogador do V. Setúbal tem de o ser 24 horas por dia. A situação é muito simples, o clube, a direção, a equipa técnica e o staff entenderam que o comportamento de um jogador que estava emprestado não era o que queríamos para um jogador do Vitória, nem o que os adeptos merecem ter 24 horas por dia, dentro e fora do relvado”, admitiu o técnico espanhol. O que falhou então? As redes sociais, claro.

Os constantes vídeos feitos no TikTok, sozinho ou com a namorada, fizeram transbordar o copo e o avançado foi mesmo dispensado a sete jornadas do final. “Esta mensagem é para dizer que tenho plena consciência dos erros que fiz. Gostaria de pedir desculpa a todos aqueles que se sentiram ofendidos: adeptos, clube, treinador, companheiros. Vou sair das redes sociais e a partir de agora só vão ver-me suar a camisola do V. Setúbal até à última gota”, escreveu no Instagram, já depois de ter sido antes avisado de que deveria mudar o comportamento. Não chegou e saiu mesmo, naquela que ficou como uma mensagem para o resto do grupo. Que não chegou. Até porque pela frente estava um adversário que, esse sim, merece estar em muitos vídeos no TikTok.

“Nem sabia que o meu jardim tinha flores. No final disto, vou olhar sempre para elas”. A entrevista de Carvalhal ao The Guardian

Ficha de jogo

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V. Setúbal-Rio Ave, 1-2

28.ª jornada da Primeira Liga

Estádio do Bonfim, em Setúbal

Árbitro: Vítor Ferreira (AF Braga)

V. Setúbal: Makaridze (Lucas Paes, 45′); Mano, Artur Jorge, Jubal (Hachadi, 87′), Sílvio; Semedo (Leandro Vilela, 87′), Éber Bessa, Carlinhos; Hildeberto, Zequinha e Guedes (João Meira, 62′)

Suplentes não utilizados: Lucas Paes, André Sousa, Pirri, Nuno Valente e Montiel

Treinador: Júlio Velázquez

Rio Ave: Kieszek; Nélson Monte (Matheus Reis, 46′), Borevkovic, Aderllan Santos, Pedro Amaral; Carlos Mané, Tarantini, Lucas Piázon (Bruno Moreira, 77′), Rúben Gonçalves (Gelson Dala, 59′); Diego Lopes e Taremi (Júnio Rocha, 86′)

Suplentes não utilizados: Paulo Vítor, Nadjack, Messias Junior, Vitó e Leandro

Treinador: Carlos Carvalhal

Golos: Guedes (25′), Taremi (27′, g.p.) e Gelson Dala (79′)

Ação disciplinar: cartão amarelo a Makaridze (26′) e Carlinhos (53′); cartão vermelho direto a Zequinha (53′)

Frente a um adversário que não ganha desde 26 de janeiro (cinco empates e cinco derrotas a partir daí), o Rio Ave, que já tinha igualado a melhor série de sempre na Liga sem perder com oito encontros consecutivos só travados pela pandemia, ganhou no Bonfim (2-1) e já carimbou aquela que é a melhor temporada de sempre a nível de pontos fora (27). É certo que a expulsão de Zequinha, no início da segunda parte, influenciou e muito o resto da partida mas a equipa de Carlos Carvalhal voltou a dar mostras de um futebol de qualidade, que gosta de sair a construir de trás, que tem prazer em ter a bola e que deu mostras de justificar o quinto lugar que ocupa.

O encontro começou sem oportunidades mas com mais Rio Ave, não só pela circulação de bola mais segura que ia fazendo mas também pela forma como condicionava a saída do V. Setúbal, obrigado muitas vezes a jogar direto na frente como Sílvio alertou os companheiros num pontapé de canto onde Makaridze foi assistido. Pedro Amaral, em mais uma subida pelo flanco esquerdo, teve uma boa chance mas falhou no último passe que terminou nas mãos do guarda-redes georgiano dos sadinos, logo na jogada seguinte Kieszek teve uma saída mal calculada da baliza mas o chapéu tentado por Berto acabou por sair desenquadrado com a baliza dos vila-condenses.

[Clique nas imagens para ver os melhores momentos do V. Setúbal-Rio Ave em vídeo]

Ainda assim, os golos não demorariam a surgir e de forma quase consecutiva. Na sequência de uma boa zona de pressão ofensiva feita junto à área de um Rio Ave que recusou sempre deixar de ser fiel às saídas de trás em posse, Éber Bessa conseguiu a interceção, rematou para defesa de Kieszek e Guedes, na recarga, inaugurou o marcador num momento que não festejou pelo passado no clube dos Arcos (25′). Equipas para os meio-campos, VAR A confirmar o 1-0, passe longo a explorar a profundidade de Taremi e penálti cometido por Makaridze, a derrubar o avançado iraniano quando tentava a finta para fora. Na conversão, o goleador não perdoou e fez o empate (26′), lançando um resto de primeira parte onde o georgiano evitou por duas vezes a reviravolta dos visitantes e os sadinos foram sobretudo chegando à área contrária mais pelo que faziam sem bola do que com ela, ficando na parte final privados de Makaridze que teve de sair por indisposição e entrou Lucas Paes (45′).

No segundo tempo, uma entrada sem nexo de Zequinha sobre Carlos Mané acabou por valer o cartão vermelho ao antigo internacional português nas camadas jovens e mudou por completo as características do encontro, que passou a ser jogado apenas no meio-campo do V. Setúbal apesar das dificuldades que o Rio Ave sentiu em encontrar espaços para poder entrar na área contrária, apesar de um desvio de Pedro Amaral ao segundo poste que foi ainda bater no poste (61′) e de uma defesa atenta de Lucas Paes para canto após remate de Gelson Dala (73′). No entanto, a dez minutos do final, o mesmo Dala aproveitou uma insistência de Carlos Mané na área para rematar sem hipóteses, carimbando a reviravolta no encontro que recolocou os vila-condenses no quinto posto.

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