Antes da retoma, naquelas que com o tempo se perceberam não passar de visões mais redutoras, o cenário parecia claro: o Desp. Aves dificilmente evitaria a descida de divisão (e o cenário mais ou menos óbvio confirmou-se), o Portimonense estava numa situação complicada mas poderia ainda recuperar se o P. Ferreira estagnasse. Outros clubes, como Belenenses SAD, Tondela ou V. Setúbal, era como se não contassem para este Campeonato. Mas quer os algarvios, quer os pacenses fizeram campanhas que colocaram todas essas ideias em perspetiva e, chegados à penúltima ronda, quem ganhasse estava “safo” (ou quase) e quem perdesse ainda podia ter esperanças.
Olhemos para o P. Ferreira. Logo a abrir, no primeiro jogo depois do regresso, foi ganhar a Vila do Conde. Depois, perdeu em Alvalade mas, na segunda parte, merecia no mínimo um empate. E na receção ao Belenenses SAD nunca deixou de acreditar marcando o golo do triunfo nos descontos. Houve um encontro que correu realmente mal, a receção ao Sp. Braga, mas os castores somaram 13 pontos em oito jogos, abordando esta ponta final de forma bem diferente – afinal, num terço dos encontros até aí, fizeram mais de metade do total de pontos que tem. Olhemos para o Portimonense. Começou por ganhar ao Gil Vicente, empatou com Benfica e Santa Clara, teve depois mais duas vitórias seguidas. A derrota com o Rio Ave aos 90′ custou mas os algarvios somaram 14 pontos em oito jogos, ao ponto de pela primeira vez muitas jornadas depois saíres da zona de despromoção – afinal, num terço das partida até aí, fizeram quase tantos pontos do que no total (16-14). Agora surgia “o” desafio.
“São duas equipas que vêm em crescendo, com confiança, muita entrega, muita atitude e qualidade, cada uma com a sua forma distinta de jogar. Parabéns ao Portimonense por tudo, pela retoma que estão a fazer, pela caminhada e recuperação de pontos e ao Paços, pelos pontos, por aquilo que joga e por habituar as pessoas a jogar à Paços. Só dependemos de nós, como dependíamos em Moreira de Cónegos. Temos de saber que pode ser amanhã [segunda-feira] dentro de campo, nos nossos 90 minutos e não nos 90 dos outros. Queremos fazer um grande jogo contra uma grande equipa, bem orientada, desfrutar dos 90 minutos e não vamos deixar para mais tarde a possibilidade de alcançar esse objetivo”, destacou Pepa, treinador dos pacenses, na conferência de antevisão.
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