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O tornozelo de Jackson não merecia andar ainda com a mobília às costas (a crónica do P. Ferreira-Portimonense)

Este artigo tem mais de 3 anos

P. Ferreira marcou, colocou-se na frente, soube gerir e Pepa garantiu objetivo da permanência. Portimonense perdeu (2-1), continua aflito e nem mesmo entrada de Jackson ao intervalo inverteu o rumo.

Pepa entrou durante a temporada no P. Ferreira, conseguiu fazer 16 pontos nos últimos nove jogos e assegurou permanência
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Pepa entrou durante a temporada no P. Ferreira, conseguiu fazer 16 pontos nos últimos nove jogos e assegurou permanência

Octavio Passos

Pepa entrou durante a temporada no P. Ferreira, conseguiu fazer 16 pontos nos últimos nove jogos e assegurou permanência

Octavio Passos

Antes da retoma, naquelas que com o tempo se perceberam não passar de visões mais redutoras, o cenário parecia claro: o Desp. Aves dificilmente evitaria a descida de divisão (e o cenário mais ou menos óbvio confirmou-se), o Portimonense estava numa situação complicada mas poderia ainda recuperar se o P. Ferreira estagnasse. Outros clubes, como Belenenses SAD, Tondela ou V. Setúbal, era como se não contassem para este Campeonato. Mas quer os algarvios, quer os pacenses fizeram campanhas que colocaram todas essas ideias em perspetiva e, chegados à penúltima ronda, quem ganhasse estava “safo” (ou quase) e quem perdesse ainda podia ter esperanças.

Olhemos para o P. Ferreira. Logo a abrir, no primeiro jogo depois do regresso, foi ganhar a Vila do Conde. Depois, perdeu em Alvalade mas, na segunda parte, merecia no mínimo um empate. E na receção ao Belenenses SAD nunca deixou de acreditar marcando o golo do triunfo nos descontos. Houve um encontro que correu realmente mal, a receção ao Sp. Braga, mas os castores somaram 13 pontos em oito jogos, abordando esta ponta final de forma bem diferente – afinal, num terço dos encontros até aí, fizeram mais de metade do total de pontos que tem. Olhemos para o Portimonense. Começou por ganhar ao Gil Vicente, empatou com Benfica e Santa Clara, teve depois mais duas vitórias seguidas. A derrota com o Rio Ave aos 90′ custou mas os algarvios somaram 14 pontos em oito jogos, ao ponto de pela primeira vez muitas jornadas depois saíres da zona de despromoção – afinal, num terço das partida até aí, fizeram quase tantos pontos do que no total (16-14). Agora surgia “o” desafio.

“São duas equipas que vêm em crescendo, com confiança, muita entrega, muita atitude e qualidade, cada uma com a sua forma distinta de jogar. Parabéns ao Portimonense por tudo, pela retoma que estão a fazer, pela caminhada e recuperação de pontos e ao Paços, pelos pontos, por aquilo que joga e por habituar as pessoas a jogar à Paços. Só  dependemos de nós, como dependíamos em Moreira de Cónegos. Temos de saber que pode ser amanhã [segunda-feira] dentro de campo, nos nossos 90 minutos e não nos 90 dos outros. Queremos fazer um grande jogo contra uma grande equipa, bem orientada, desfrutar dos 90 minutos e não vamos deixar para mais tarde a possibilidade de alcançar esse objetivo”, destacou Pepa, treinador dos pacenses, na conferência de antevisão.

“Vai ser um jogo difícil, com uma equipa boa, muito bem orientada, com valor e bastante competitiva. Sabemos que nos espera uma tarefa complicada. Mas nós preparámo-nos para isso mesmo, é para isso que cá estamos, para ir a Paços de Ferreira e competir pelos pontos. O Portimonense tem de manter-se igual a si próprio, até procurar melhorar porque nada está conseguido. Faltam disputar seis pontos e sabemos que muita coisa pode acontecer ainda. O final de época é complicado e acredito que vamos estar a disputar a manutenção até à última jornada. O nosso único foco é conseguir os pontos para nos mantermos na Liga”, salientou Paulo Sérgio, treinador dos algarvios, numa conferência de imprensa onde não passou ao lado da situação do Desp. Aves.

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“Hipótese de não haver jogo na última jornada? “Nem quero saber disso. Na minha cabeça só está o jogo com o P. Ferreira, a seguir ao jogo com o Paços é que nos preocupamos com aquilo que diz respeito ao Desp. Aves. Isso para mim são fait divers, para tentar distrair-nos provavelmente, mas nós estamos avisados, não andamos aqui a comer gelados com a testa, sabemos identificar de onde vêm esse tipo de manobras porque não somos propriamente novatos naquilo que é o nosso trabalho”, acrescentou perante o cenário que está em cima da mesa.

O compromisso era importante, os golos não demoraram a surgir e o encontro que nem sempre foi bem jogado em termos técnicos foi rico em intensidade, em entrega e em voluntarismo. Com o P. Ferreira a canalizar grande parte do jogo pelo corredor direito e a ter pela frente um Fali Candé muito (ou demasiado) agressivo no plano defensivo, seria de bola parada que chegaria a primeira ameaça e o primeiro golo do jogo para os visitados tendo sempre um intérprete em evidência apesar de ser lateral: Bruno Santos deixou o aviso inicial num livre lateral, sofreu mais uma falta dura de Candé e aproveitou um erro de Gonda (que tem feito uma boa temporada mas que nos últimos jogos falhou nestes lances pelo ar mais do que uma vez) para receber uma assistência de Hélder Ferreira e encostar para a baliza dos algarvios com apenas sete minutos de jogo. No entanto, e depois de um desaguisado entre Denilson Júnior e Willyan que mostrou bem a tensão de um encontro onde só a vitória contava, o Portimonense não demorou a empatar e também na sequência de uma bola parada, com Bruno Tabata a marcar muito bem em arco um livre lateral e o central Marcelo a desviar para a própria baliza, enganando Ricardo Ribeiro (17′).

[Clique nas imagens para ver os melhores momentos do P. Ferreira-Portimonense em vídeo]

O jogo entrou depois numa toada mais calma, também como reflexo do calor que se fazia sentir pouco depois das 17h e que nem a rega do relvado conseguiu atenuar, com o P. Ferreira a conseguir jogar melhor em posse no plano coletivo e o Portimonense a viver mais das iniciativas individuais, sobretudo com Bruno Tabata a desequilibrar no 1×1. Aylton Boa Morte ainda teve uma boa tentativa à passagem da meia hora inicial mas seriam os visitados a passarem de novo para a frente, com Denilson Júnior a aproveitar mais uma bola solta na área pela falta de prontidão em limpar o perigo dali e a rematar cruzado para o 2-1, pouco antes de sofrer uma queda que o deixou com muitas queixas no joelho direito. Lucas Fernandes, de livre direto, ainda voltou a tentar o empate antes do intervalo mas Ricardo Ribeiro desviou bem para canto e o descanso chegaria mesmo com os castores na frente.

No segundo tempo, Paulo Sérgio lançou Henrique e Jackson Martínez, teve outra capacidade de posse e ataque organizado, conseguiu criar outro tipo de dificuldades à defesa dos pacenses mas o Portimonense só criou perigo verdadeiro na sequência de bolas paradas, com Dener como unidade referência nesses lances específicos e o avançado colombiano como referência para tudo o resto (e, apesar das limitações físicas, mostra que quem sabe nunca esquece mesmo que seja de forma mais devagar em comparação com o que fazia no FC Porto). Ficou curto quando a equipa mais precisava, o P. Ferreira conseguiu gerir da melhor forma o encontro para segurar os três pontos e garantir a permanência. E não foi pelo que fez Jackson, que mesmo entrando a coxear um pouco e acabando a coxear muito nunca se poupou nem escondeu do jogo apesar de todas as limitações físicas.

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