Os primeiros 19 jogos, com Bruno Lage, resultaram em 18 vitórias e uma derrota, frente ao FC Porto. Os últimos cinco jogos, com Nelson Veríssimo, acabaram com quatro vitórias e um empate, em Famalicão. Aqui, só aqui, e em 24 encontros que se traduzem em 72 pontos possíveis, o Benfica ganhou 67. Ou seja, 93% de sucesso nos objetivos em causa, sendo que o adjunto que agarrou na equipa após a saída do técnico campeão na última temporada teve um rendimento de 86,7% com 13 pontos conseguidos em 15 que estavam em disputa, superior à percentagem de sucesso que valeu a um FC Porto mais regular o Campeonato (80,4%, 82 em 102 pontos). O problema é fácil identificar: dez partidas na segunda volta, a começar no Dragão e a acabar na Madeira. E isso marcou a temporada.

A diferença no dérbi foi curta, a distância entre os rivais é demasiado grande (a crónica do Benfica-Sporting)

Antes e depois da pandemia, a série de duas vitórias, quatro empates e outras tantas derrotas em dez jornadas que arrancaram com a derrota no clássico frente ao FC Porto acabou por ser demasiado pesada para as contas finais que deixaram os encarnados a cinco pontos dos dragões, numa época onde ganharam a Supertaça com a goleada frente ao Sporting, falharam nas provas europeias e vão agora lutar pela Taça de Portugal. Tão pesada que nem mesmo um triunfo diante dos azuis e brancos no último jogo vai conseguir salvar a temporada.

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“Temos de analisar o Campeonato pelo seu todo. Em muitos momentos fomos melhores, noutros não fomos tão competentes. Não digo que foi no FC Porto ou no Sp. Braga, o que importa sublinhar é que fechámos bem o Campeonato e estamos pensar já no FC Porto”, comentou Nelson Veríssimo na conferência de imprensa após o dérbi, recordando os dois desaires consecutivos que reduziram o avanço na frente de sete para um ponto.

“Se pegasse mais cedo na equipa, Benfica era campeão? Não consigo dizer isso. Queríamos que houvesse a continuidade do Bruno, fui eu a ficar com a equipa e aqui estamos”, disse.

“Só preparámos o jogo do Sporting a pensar no Sporting. Temos sete dias agora para recuperar os jogadores e pensar na estratégia para a Taça de Portugal. Não é uma salvação porque o objetivo é sempre o título nacional mas vamos entrar com o intuito de ganhar. Mudanças na equipa para o dérbi? Todos os jogadores contam e não temos a perspetiva de jogarem sempre os mesmos. Os jogadores deram uma resposta muito positiva. Tomás Tavares, Florentino, Gonçalo Ramos, Seferovic, todos sentem que contam. É benéfico para todos”, salientou ainda, antes de dividir favoritismo para o encontro para o FC Porto no próximo sábado, em Coimbra.