O passe “Estudante-Maré”, criado pela câmara de Matosinhos e que visa o transporte gratuito de 9.000 alunos com idade igual ou superior a 13 anos matriculados nas escolas do concelho, foi esta terça-feira revalidado para o novo ano letivo.

Este passe contribui para a promoção do uso dos transportes públicos junto das novas gerações e ajuda a minimizar o impacto financeiro dos transportes nos orçamentos familiares”, disse o vereador da área dos Transportes e Mobilidade de Matosinhos, José Pedro Rodrigues.

O “Estudante-Maré” vai estar em vigor pelo segundo ano consecutivo em Matosinhos, no distrito do Porto, isto depois de no ano letivo 2019/20 ter beneficiado cerca de 1.500 alunos, um número que José Pedro Rodrigues tem a expectativa de que aumente.

Estamos a preparar, em conjunto com o operador de transportes [a ViaMove], campanhas de divulgação e sensibilização nas escolas”, avançou o vereador à Lusa já à margem da reunião de câmara.

A revalidação deste modelo de passe – que é válido por 12 meses, quer no período escolar quer nas férias – para o ano letivo 2020/21 foi aprovada por unanimidade.

A introdução deste passe visa complementar a entrada em vigor na Área Metropolitana do Porto da gratuidade dos passes Andante para os jovens com menos de 13 anos.

O “Estudante-Maré” tem um custo estimado de 1,5 milhões de euros por ano, assegurando a autarquia até 500 mil euros deste investimento e a operadora ViaMove o restante.

Na proposta aprovada esta terça-feira lê-se que “do universo de operadores atualmente habilitados a prestar o serviço no território do concelho de Matosinhos, apenas o operador de serviço público ViaMove, através da operacionalização da rede Maré, serve todos os agrupamentos escolares e demais escolas não-agrupadas do concelho”.

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A sessão desta tarde também ficou marcada pelo anúncio de que a autarquia vai abrir um novo período de candidaturas para pequenas e médias empresas do concelho que necessitem de apoios devido à crise pandémica causada pela Covid-19 que já provocou mais de 654 mil mortos em todo o mundo, incluindo 1.722 em Portugal, enquanto Matosinhos, de acordo com o último relatório da Direção-Geral da Saúde, regista 1.316 casos de infeção.

José Pedro Rodrigues disse saber que várias empresas não conseguiram recorrer aos apoios camarários e em resposta o vice-presidente da câmara, Fernando Rocha, reconheceu que foram registadas candidaturas que “não cumpriam os requisitos ou entregues fora do prazo”, apontando para novo período de pedido para a partir de 01 de setembro.

De acordo com Fernando Rocha a autarquia investiu, até aqui, no programa de apoio a pequenas e médias empresas 205 mil euros, um apoio não reembolsável, tendo recebido 283 candidaturas, das quais 199 mereceram parecer favorável e 84 desfavorável.

Agora as empresas que entendam fundamentar de novo o pedido ou apresentaram candidaturas fora do prazo terão uma outra oportunidade”, referiu.

Já em resposta a perguntas do vereador Sérgio Meira, do movimento independente SIM, liderado por António Parada, José Pedro Rodrigues, na qualidade de vereador da Proteção Civil, falou em “resultados muito válidos e significativos” quanto à implementação do Plano Municipal de Defesa da Floresta, contando que em 2019 não foi registado nenhum fogo florestal.