A Autoridade da Concorrência recebeu na quinta-feira a notificação do reforço do Estado na TAP com compra de 22,5% do capital da companhia, somando aos 50% já detidos pela Parpública, segundo um anúncio publicado esta quarta-feira na imprensa.

Segundo a notificação à Concorrência, de 6 de agosto, e esta quarta-feira publicada em dois jornais nacionais, a operação de concentração está agora a ser objeto de observações de interessados que as podem remeter à Autoridade da Concorrência (AdC), no prazo de 10 dias úteis contados da publicação do aviso.

Os acionistas da companhia aérea brasileira Azul, liderada por David Neeleman, aprovaram na segunda-feira em assembleia-geral (AG) o acordo de saída da TAP, incluindo a eliminação de direitos de converter em ações das obrigações relativas ao empréstimo da Azul à TAP, realizado em 2016, de 90 milhões de euros, e a alienação da posição da Global AzurAir Projects na TAP pelo “valor total de, pelo menos”, 10,5 milhões de euros.

A 2 de julho, o Governo anunciou que tinha chegado a acordo com os acionistas privados da TAP, para deter 72,5% do capital da companhia aérea portuguesa, por 55 milhões de euros.

O dono da transportadora aérea Azul, David Neeleman, saiu assim da estrutura acionista da TAP, e do consórcio Atlantic Gateway, que passou a ser integrado apenas pelo português Humberto Pedrosa, dono do grupo Barraqueiro.

Mas a participação social de 72,5% do Estado na TAP aguarda agora luz verde da AdC.

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