O homem que em setembro do ano passado assassinou a freira Antónia Pinho — que era conhecida como “freira radical” — foi condenado esta sexta-feira a 25 anos de prisão pelo tribunal de Santa Maria da Feira. Além da pena máxima, Alfredo Manuel da Silva Santos, vai ainda ter de pagar à família da freira uma indemnização de 120 mil euros.

O homem, de 44 anos, foi condenado a penas parcelares de 23 anos de prisão pelo crime de homicídio qualificado, oito anos por violação e a um ano e oito meses por profanação de cadáver.

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O arguido, que se encontra em prisão preventiva, foi ainda condenado no mesmo processo a cinco anos de prisão, por rapto e violação na forma tentada, e a três anos, por roubo, relativo a um caso ocorrido no mesmo concelho em agosto de 2018 e que teve como vítima uma jovem (a quem terá de pagar uma indemnização de 1.300 euros). Em cúmulo jurídico, foi-lhe aplicada uma pena única de 25 anos de prisão.

O crime ocorreu em setembro de 2019. Nessa altura, o homem convenceu a religiosa, de 61 anos, a levá-lo a sua casa, em São João da Madeira, distrito de Aveiro, e a entrar na habitação. Lá dentro, disse-lhe que queria ter relações sexuais com ela, mas a freira recusou — e foi nesse momento que o homem a agrediu e matou por asfixia. Depois, violou-a, já morta, em cima da cama.

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Conhecida como “freira radical” por andar habitualmente de mota, Antónia Pinho — ou “irmã Tona” — era uma figura muito querida em São João da Madeira, localidade que no ano passado recebeu com choque a notícia do homicídio.