Pelo menos dez pessoas morreram esta quarta-feira de manhã depois de uma bomba explodir em Cabul, capital do Afeganistão, à passagem da comitiva onde seguia Amrullah Saleh, o primeiro vice-presidente do Afeganistão.

O número de vítimas mortais tem sido atualizado ao longo da manhã pelas agências internacionais, que explicam que a bomba foi detonada, justamente no momento em que os carros oficiais passavam, numa zona da capital onde existem inúmeras lojas revendedoras de bilhas de gás — o que provocou ainda um incêndio de grandes proporções.

Apesar do aparato, Saleh — que já sobreviveu a várias tentativas de assassinato, recorda a Reuters, a última em 2019, no seu gabinete, numa ocasião em que morreram 20 pessoas —, escapou ileso, apenas com algumas queimaduras.

“Eu estou bem mas alguns dos meus guardas ficaram feridos. O meu filho, que estava no carro comigo, e eu estamos ambos bem. Tenho algumas queimaduras na cara e na mão. A explosão foi forte”, disse o primeiro dos dois vice-presidentes de Ashraf Ghani, num vídeo entretanto publicado no Facebook e citado pela Aljazeera.

Também através das redes sociais, Zabihullah Mujahid, porta-voz dos talibãs, já veio garantir que o grupo não teve qualquer envolvimento no atentado.

Este ataque acontece numa altura em que se espera a qualquer instante que sejam retomadas em Doha, capital do Qatar, as conversações de paz entre o governo afegão e o grupo insurgente.

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