A Direção-Geral da Saúde e as forças de segurança vão colaborar com o Instituto Nacional de Estatística (INE) para preparar e pôr em prática os trabalhos de campo para a realização dos Censos 2021.

A decisão foi aprovada esta quinta-feira em Conselho de Ministros que explica que esta colaboração se insere “no âmbito da preparação e execução dos trabalhos de campo relativos ao XVI Recenseamento Geral da População e do VI Recenseamento Geral da Habitação”.

Devido à pandemia de Covid-19, o INE chegou a equacionar a hipótese de adiar o processo, que se realiza de 10 em 10 anos, mas acabou por decidir avançar com os Censos de 2021 que contarão com o trabalho de cerca de 15 mil pessoas. Os Censos vão assim avançar com um plano de contingência que garanta a qualidade do trabalho e acautele os riscos para a população em geral – que responde aos questionários – e para quem está a fazer este trabalho.

Em novembro, serão testados os processos de recolha de informação e em janeiro de 2021 inicia-se o processo de recrutamento de pessoal, segundo informações avançadas pelo Dinheiro Vivo, que indicam que o INE tem como objetivo conseguir realizar este trabalho com cerca de metade das pessoas que foram necessárias em 2011. Os Censos de 2021 serão os primeiros a privilegiar os inquéritos online.

Ao longo de mais de 150 anos os Censos têm colocado à disposição da sociedade o maior retrato estatístico de Portugal. “O nosso compromisso é que os próximos censos sejam mais eficientes, mais inovadores e que continuem a responder às necessidades da sociedade”, refere o INE na sua página.

Desde a realização do primeiro recenseamento da população, o conteúdo dos Censos tem registado inúmeras alterações. Algumas variáveis são recolhidas desde 1860, como o sexo, a idade ou o estado civil, enquanto outras foram sendo incluídas ou excluídas de acordo com a importância da temática ao longo do tempo. Nas últimas operações censitárias o número de variáveis recolhidas tem aumentado significativamente. O processo de modernização dos Censos 2021 passa também por alterações ao nível do conteúdo a observar, tendo sido introduzidas três novas variáveis e excluídas algumas variáveis observadas no passado. Desde o início da pandemia de Covid-19, Portugal já registou 1.931 mortes e 71.156 casos de infeção.

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