O empréstimo de 275 milhões de euros que um conjunto de bancos deverá fazer ao Fundo de Resolução, ao abrigo do plano com que o Governo tenta responder às exigências do BE, deverá ser feito em condições que se “equiparam” aos termos de um empréstimo que os bancos já fizeram, em 2014, ao mesmo Fundo de Resolução. Este é, pelo menos, o “princípio” que o Governo disse esta terça-feira existir. A confirmar-se, isso significará que o empréstimo poderá ser feito a uma taxa de juro negativa – embora menos vantajosa do que aquela que o Estado paga para se financiar nos mercados.
Uma fonte do setor financeiro disse ao Observador que, ainda assim, os bancos deverão procurar negociar com o Governo uma remuneração positiva, atendendo ao facto de ser um empréstimo com um período muito longo. Mas a remuneração do financiamento não é o mais importante para os bancos.
Na conferência de imprensa de apresentação da proposta de Orçamento do Estado, esta terça-feira, João Nuno Mendes, secretário de Estado das Finanças, levantou parcialmente o véu sobre o empréstimo que um sindicato bancário poderá fazer, nos próximos meses, para reforçar os recursos próprios do Fundo de Resolução e responder às necessidades de capital que o Novo Banco deverá ter no final do ano.
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