Cerca de 70% dos trabalhadores da Hanon Systems aderiram às greves parciais convocadas para esta sexta-feira na fábrica de Palmela e decidiram marcar novas paralisações, de 9 a 13 de novembro, revelou fonte sindical.

“Os trabalhadores da Hanon consideram que a empresa já devia ter atualizado os salários em 2020, porque, apesar da pandemia de Covid-19, continua a trabalhar normalmente, com trabalho extraordinário e com recurso a trabalhadores temporários”, disse à agência Lusa Luís Leitão, coordenador da União de Sindicatos de Setúbal (USS).

O dirigente da estrutura sindical afeta à CGTP/IN falava à agência Lusa durante uma concentração de cerca de 150 trabalhadores, junto à portaria da Hanon Systems, uma fábrica de equipamento de refrigeração e ventilação, no parque industrial das Carrascas, em Palmela, no distrito de Setúbal.

Os trabalhadores, que acusam a administração da empresa de não ter procedido a qualquer atualização salarial este ano e de não dar reposta ao caderno reivindicativo que apresentaram, prometem continuar a luta com novas paralisações parciais já no próximo mês de novembro.

Segundo Luís Leitão, depois de tomar conhecimento do pré-aviso de greves parciais convocadas para hoje nos períodos 07h/08h e 15h/18h, a Hanon tentou dialogar com o sindicato, mas a proposta que apresentou foi recusada.

“A empresa propôs-nos a atribuição de um prémio, mas os trabalhadores não querem negociar prémios, querem uma atualização salarial”, justificou o sindicalista. A Hanon Systems tinha mais de 500 trabalhadores em 2016, mas esse número tem sido reduzido e tem atualmente cerca de 400 trabalhadores. A agência Lusa tentou ouvir a empresa, mas não foi possível.

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