São já 63 zonas do país que a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) avalia como estando em risco de inundações graves nos próximos 20 anos – 88 mil habitantes estão sob essa ameaça, segundo dados da APA citados este sábado pelo Jornal de Notícias. E, destas 63, só em 22 áreas críticas (já anteriormente identificadas) estão a ser alvo de medidas que podem conter o impacto das inundações.

Nesta revisão do número de zonas em risco, que está em discussão pública e a ser debatida em conferências online até esta quarta-feira, deteta também os impactos que a subida do nível das águas pode ter sobre 153 monumentos ou imóveis de interesse público, além de 215 edifícios onde se incluem o Oceanário de Lisboa e a Ponte 25 de Abril. Há, também escolas, centros de saúde e quartéis de bombeiros entre os locais em risco.

As 88 mil pessoas que são vistas como “potencialmente afetadas” até 2040 encontram-se, sobretudo, na região hidrográfica do Tejo e Oeste – 32 mil cidadãos. Mas também nas bacias do Vouga, Mondego e Lis se contam mais de 16 mil pessoas em risco.

Esta é uma projeção para os próximos 20 anos, já que as projeções mais a longo prazo são ainda mais preocupantes: na previsão a 100 anos o número de pessoas em risco sobre para 111 mil, gente que vive em zonas fluviais ou pluviais perto de rios, onde tendem a originar-se as inundações mais perigosas.

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