O presidente do Conselho de Administração da RTP, Gonçalo Reis, vai sair da estação televisiva e recusa ter recebido do PSD um convite para ser o candidato social-democrata à Câmara Municipal de Lisboa nas próximas eleições autárquicas. “Não há cenário nenhum, não houve diligência nenhuma. Estou concentrado nas minhas funções de gestor até ao fim do mandato”, garantiu, em entrevista ao Público.

O Expresso tinha noticiado que o nome de Gonçalo Reis foi sugerido a Rui Rio para a autarquia da capital. Embora a decisão ainda não esteja fechada, o jornal escreve que o presidente da RTP é o que reúne mais apoios na direção de Rio face a outras hipóteses. Gonçalo Reis filiou-se no PSD durante a primeira passagem na RTP, entre 2002 e 2007, e colaborou com os grupos de estudo e reflexão do partido. Ao Público, diz que a notícia de que o seu nome está a ser ponderado para a Câmara de Lisboa “não tem fundamento”.

Gonçalo Reis confirma, porém, a saída da RTP, após o final do mandato, que termina este ano. “Já contribuí para a estabilidade ao fazer o mandato mais longo dos últimos 50 anos. O meu ciclo termina aqui: o meu mandato e o meu projeto estratégico terminam”, frisa, acrescentando que fica na estação até março, “como ditam as regras”. “Quero fazer tudo de forma programada, com total serenidade.”

Gonçalo Reis: “A RTP tem de manter a relevância”

Depois da RTP, o economista quer voltar ao setor privado, mas não refere para que área ao certo. “Depois de seis anos no serviço público tenho direito a exercer as minhas opções no sector privado e como cidadão”, afirma.

Gonçalo Reis nega ainda qualquer influência dos últimos Governos sobre a RTP e, mais concretamente, as direções de informação. Em jeito de balanço do mandato, considera que a estação pública deixou de ser uma “empresa problemática” e é agora uma “empresa previsível”.

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