Num período em que a pandemia reduziu consideravelmente a apetência do público pela compra de novos veículos, o pedido de Elon Musk à equipa da Tesla, para que se aplicasse em ultrapassar a meta de meio milhão de unidades vendidas em 2020, o que representava um recorde para o construtor norte-americano, surgiu como uma surpresa. Mas a realidade é que foram transaccionados 499.550 novos Tesla e se a marca falhou o objectivo por apenas 450 carros, compensou ao colocar o número de veículos produzidos em 509.737.

Com todas as marcas a sofrer com a Covid-19, o fabricante de veículos eléctricos incrementou as suas vendas em 36%, face às 367.500 unidades de 2019. Para este total contribuíram, sobretudo, os Model 3 e Y, com 454.932 modelos produzidos e 442.511 entregues a clientes. Menos expressivas foram as vendas relativas aos Model S e X, com 54.805 unidades fabricadas e 57.039 entregues, quase metade dos valores pré-crise.

Para que a Tesla se aproximasse da fasquia do meio milhão de veículos, foi fundamental o derradeiro trimestre do ano, durante o qual a Tesla produziu 179.757 unidades (163.660 do Model 3 e Y, além de 16.097 dos Model S e X) e transaccionou 180.570 (161.650 do 3 e Y, 18.920 do S e X). Comparativamente ao mesmo período do ano anterior, a marca liderada por Musk viu a produção crescer 71%, enquanto as entregas subiram 61%.

Além de ajudar a atingir um novo recorde de produção e vendas em 2020, o 4º trimestre do ano revelou que a Tesla tem hoje uma capacidade fabril que lhe permite produzir cerca de 720 mil veículos num ano completo. E isto quando a segunda fase da Gigafactory de Xangai, destinada ao Model Y, ainda está na fase de arranque e estamos ainda a mais de seis meses de presenciar o arranque da Gigafactory Berlim.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR