A carrinha Mercedes AMG C43 é um veículo fabuloso, pois concilia a carroçaria versátil com o rigor de construção da Mercedes, aliado aos acabamentos típicos das versões AMG. E, como se esta lista de atributos não bastasse, o construtor alemão dotou-a com uma mecânica imponente, um V8 com 4 litros sobrealimentado que debita 476 cv, longe do máximo que poderia alcançar, para deixar espaço para a versão topo de gama, a C63. Mas nada disto justifica o facto de o veículo em causa valer cerca de 1,6 milhões de euros.

Apesar de poder ultrapassar os 100 km/h em apenas 4,2 segundos e só parar nos 250 km/h porque a isso está limitada electronicamente, esta C43 Estate deve o seu valor a uma pequena placa de metal. Referimo-nos à matrícula, obviamente personalizada, onde apenas se pode ler “1”.

Na Austrália, mais precisamente no Estado de Victoria, é considerada a matrícula mais valiosa, a que se atribui um preço de 2,5 milhões de dólares australianos (cerca de 1,6 milhões de euros). O elevado valor atribuído à placa prende-se com a curiosidade de ser a número um, mas igualmente pela história que está por trás da curiosa matrícula.

As chapas com o número 1 surgiram pela primeira vez em 1932 e, durante algum tempo, o comissário da polícia, o presidente da câmara e o governador não se entendiam em relação a quem deveria exibir a matrícula no seu veículo oficial. Para evitar zangas desnecessárias, a chapa foi guardada num cofre, onde permaneceu até 1984. Foi então vendida num leilão por 165 mil dólares australianos, aproximadamente 104 mil euros.

Desde então a matrícula “1” esteve num Saab 9000 Turbo, de onde saltou para um Ferrari, um Rolls-Royce, um Holden e dois Porsche, até entrar na saga dos Mercedes AMG, passando pelo E55, E63 e, finalmente, o actual C43.

Há um mercado muito agressivo para matrículas personalizadas, como prova o facto de alguém ter pago 510 mil dólares pela “101” num leilão em 2018 e, mais recentemente, outro interessado ter despendido 1 milhão de dólares pela “26”. Daí que se estime um encaixe mínimo de 2,5 milhões dólares para a “1”.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR