As autoridades dinamarquesas encerraram vários pontos de fronteira com a Alemanha devido aos inúmeros casos de infeções de covid-19 registados na cidade alemã de Flensburg, nomeadamente da variante britânica do SARS-CoV-2.

Segundo o ministro da justiça dinamarquês, Nick Hækkerup, a situação em Flensburg obrigou a que fossem tomadas medidas para impedir “novas cadeias de contágio em potencial”.

A cidade alemã, situada no norte do país, tem um elevado índice de novas infeções com a variante britânica do coronavírus e por isso a Dinamarca decidiu “introduzir controlos de fronteira visivelmente mais intensivos e fechar uma série de pequenos pontos na fronteira com a Alemanha”, anunciou o ministro.

Nick Hækkerup acrescentou que o país vai continuar a monitorizar a situação e, caso seja necessário, poderá haver um reajuste das restrições.

O ministério sublinha que o endurecimento das medidas “é temporário e responde ao objetivo de esclarecer a situação na região”.

Em Flensburg também houve um agravamento das medidas de confinamento: Desde as 00:00 de hoje passou a haver recolher obrigatório entre as 21:00 e as 17:00.

Apenas quem vai trabalhar ou precisa de cuidados de saúde pode sair de casa durante aquele período.

Segundo a autarca da cidade, a variante britânica, confirmada pela primeira vez em Flensburg a 15 de janeiro, representa atualmente praticamente todos os novos positivos relatados.

A incidência acumulada em sete dias em Flensburg é de 193 por 100 mil habitantes, bem acima da média federal, que é de 57,8.

Neste momento, na Alemanha, cada doente de covid-19 está a infetar, em média, uma outra pessoa (o RT é de 1,01).

Desde a confirmação do primeiro contágio no país, que ocorreu a 27 de janeiro do ano passado, já se registaram 2.378.883 casos de infeção, dos quais 2.185.100 recuperaram. A doença provocou até ao momento 67.696 mortos.

Já na Dinamarca, foram registadas 552 novas infeções nas últimas 24 horas e a incidência cumulativa em sete dias é de 48,8 novos positivos por 100.000 habitantes.

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