O banco Santander vai abrir dois planos de adesão voluntária, um que abrange a saída de colaboradores com mais de 55 anos e outro no âmbito do redimensionamento de balcões, de acordo com uma nota interna.

“A atual fase de transformação do banco tem vindo a implicar a apresentação a diversos colaboradores de propostas de reforma e/ou de acordos de revogação do contrato de trabalho (“RMA”), em que o banco apresenta as melhores condições do setor, e assegura simultaneamente uma rede de acompanhamento futuro, incluindo assessoria à recolocação profissional, apoio social e cuidados de saúde”, indicou a Comissão Executiva da instituição numa mensagem enviada aos trabalhadores, a que a Lusa teve acesso.

A instituição “procurará que as saídas de colaboradores sejam feitas de comum acordo, e privilegiará, sempre que possível, as aceitações voluntárias a processos unilaterais e formais”, referem, acrescentando que “não deixa também de ter em conta os seus parceiros sociais, em particular os sindicatos e as estruturas representativas de trabalhadores, para procurar encontrar a todo o momento as soluções que melhores garantias apresentem para os colaboradores”.

Assim, o Santander vai lançar, a partir de 8 de março, “um plano de adesão voluntária dirigido a todos os colaboradores do banco que, até ao final do ano, tenham 55 ou mais anos de idade”, independentemente “de estarem integrados na rede comercial ou nos serviços centrais, e consiste na apresentação de uma proposta de reforma e/ou de RMA por parte do banco”.

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Esta proposta “depende da situação concreta de cada colaborador, em termos de idade, antiguidade, banco de origem e situação perante a Segurança Social”, sendo que “qualquer colaborador elegível poderá também desde logo candidatar-se a este plano”, referiu o Santander, detalhando ainda que o plano tem a duração de três meses.

Quando ao plano de adesão voluntária para o redimensionamento da rede de balcões, o Santander recordou que “tem vindo a implementar o redimensionamento parcial da sua rede de balcões, através de fusões e alteração do layout de diversos balcões, o que tem provocado uma redundância inevitável de postos de trabalho, que levou o banco a desencadear contactos com os titulares daqueles postos de trabalho”.

Ainda assim, “subsistem situações de colaboradores naquelas condições com os quais não foi ainda possível chegar a acordo, tendo o banco decidido apresentar-lhes um derradeiro plano consensual”, lê-se na mesma nota.

Na mesma nota, o Santander refere que “nas próximas semanas (de 8 a 26 de março), o banco permitirá a título excecional que os colaboradores que receberam propostas de saída do banco desde setembro de 2020 e até esta data possam vir ainda a aceitar a proposta que lhes foi feita, nas mesmas condições da proposta original”.

A instituição permite ainda que, no que diz respeito aos balcões objeto de fusão ou de alteração de layout desde setembro de 2020, os restantes trabalhadores, “que tenham menos de 55 anos e não foram objeto de qualquer proposta por parte do banco, poderão igualmente manifestar a sua intenção de negociação de acordos de rescisão, de 29 de março até 9 de abril”.

O banco Santander Totta terminou 2020 com 5.980 colaboradores, menos 208 do que no ano anterior, e um total de 443 agências, menos 62 face a 2019, informou a instituição esta sexta-feira.

Santander Totta reduz 208 colaboradores e 62 agências em 2020

Num comunicado relativo aos resultados de 2020, o Santander Totta reporta um total de 5.980 colaboradores em Portugal no final do exercício, que compara com 6.188 em 2019, e uma rede de 443 agências no país, face às 505 de que dispunha no ano anterior.

Numa carta enviada aos colaboradores no passado dia 25 de janeiro, e que a agência Lusa teve acesso, o Santander justifica o encerramento das cerca de seis dezenas de balcões em 2020 e o fecho previsto de mais cerca de 30 este trimestre com uma adaptação ao modelo de negócio que diz obrigatória para sobreviver.