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Será que tenho talento para publicar um livro?

Este artigo tem mais de 3 anos

A pergunta persegue muitos dos que aspiram a editar uma obra e, para ajudá-los na resposta, reunimos algumas dicas e deixamos um desafio: que tal concorrer ao Prémio de Literatura Infantil Pingo Doce?

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Getty Images/iStockphoto

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Quem diz que nunca as teve que se acuse. Referimo-nos às dúvidas sobre o talento, que volta e meia atingem quem tem o sonho de publicar um livro. Mas, afinal, o que é o talento? Será que todos nascemos com talento para alguma coisa na vida? E como é que sabemos que o nosso talento é suficiente? A verdade é que poderemos nunca chegar a grandes certezas em relação a estas perguntas, mas a dúvida não deve bloquear ninguém na expressão do que lhe vai fundo na alma de artista. Até porque o talento é algo que pode ser trabalhado e aperfeiçoado ao longo da vida, ao contrário do dom, que, esse sim, é uma capacidade com que se nasce e, em regra, se revela cedo na forma de propensão para a genialidade.

Todos nascemos com talento para algo, o mais difícil poderá ser descobrir para quê. Mas até para ajudar a descortiná-lo há cada vez mais ferramentas disponíveis, apoiadas no autoconhecimento e – porque não? – na eliminação progressiva de diversas opções através de tentativa e erro. É cada vez mais normal que se tentem várias e diferentes carreiras ao longo da vida.

Se nos leu até aqui, é muito provável que seja daquelas pessoas que sente a escrita como o seu talento maior. Ainda assim, é também possível que as tais dúvidas de que falámos no início o visitem amiúde, impedindo-o de avançar na concretização de algo nesta área. Se for esse o caso, propomo-nos ajudar no desbloqueio da questão, através de uma lista de verificação de talento. Sim, leu bem: um conjunto de requisitos que, em princípio, alguém com talento para a escrita reunirá. Mas para se pôr à prova, nada melhor que dar a ler o que escreveu a alguém que sabe mesmo do ofício, como os elementos do júri do Prémio de Literatura Infantil Pingo Doce, que já vai na oitava edição e continua a apostar na descoberta e divulgação de novos talentos, não só na escrita mas também na ilustração.

Um prémio que vale por dois

Criado em 2014, o Prémio de Literatura Infantil Pingo Doce visou sempre, desde a primeira edição, estimular a criatividade literária e artística, premiando obras originais destinadas à faixa etária dos 6 aos 12 anos, com o objetivo de incentivar os mais novos a desenvolverem o gosto pela leitura. Oito anos depois, o objetivo está a ser amplamente conseguido: só desta coleção, foram vendidos mais de 120 mil livros a preços muito acessíveis, além de que foram já 14 os novos talentos revelados nas áreas da literatura e do design gráfico e ilustração, incluindo António Pedro Martins (texto) e Duarte Carolino (ilustração), distinguidos na edição de 2020.

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Com um valor total de 50 mil euros (25 mil euros para o autor do texto e 25 mil euros para o ilustrador da história), o Prémio de Literatura Infantil Pingo Doce, é o maior galardão atribuído nesta área em Portugal. Mas, além do valor monetário, os vencedores das edições anteriores não hesitam em destacar a importância da iniciativa para quem quer fazer da edição e da ilustração uma carreira: não só o prémio abre portas de editoras e traz novas oportunidades a quem escreve, como também permite constituir portefólio com obra publicada.

As candidaturas para a fase de texto estão a decorrer neste momento e terminam no dia 2 de abril. Posteriormente, entre os dias 13 de maio e 1 de julho, serão aceites as ilustrações para a história selecionada. O lançamento do livro desta 8.ª edição está previsto em novembro.

Infografia: Joana Figueirôa

Não basta ter talento, há que treiná-lo e mostrá-lo

Mas, afinal, será que tem ou não talento para escrever? Para ajudar a encontrar a resposta à pergunta que costuma atormentar aspirantes a escritores, apresentamos de seguida a prometida lista de características que, em regra (com muitas exceções, claro), quem é talentoso no uso da palavra da escrita costuma apresentar. Verifique se se identifica com a maioria e não perca mais tempo a escrever para a gaveta.

1 – Nutre uma profunda devoção pelas palavras

É com palavras que pensa e vê o mundo, colecionando-as como preciosidades. Para si, é quase impossível ler um livro sem fazer anotações, citações ou rabiscos num dos muitos cadernos que tem sempre consigo. Na falta do bloco de notas, um guardanapo de papel também serve, desde que não perca aquela frase que leu e que, por qualquer motivo, deve ficar registada para sempre.

2 – Gosta de ler e lê muito

Para se escrever bem é imprescindível ler, ler muito. Só lendo o trabalho de outros se consegue captar a profundidade que o trabalho de escrita implica. Os livros de outros escritores são os melhores professores que existem para quem se quer aventurar a contar histórias, pois lendo os mestres aprende-se com eles.

3 – Prefere escrever a falar

É normal que quem tem o talento das letras se sinta mais à vontade a expressar ideias através da palavra escrita do que oralmente. É como se apenas a colocação de palavras umas atrás das outras – por escrito – permitisse a produção de um discurso lógico e coerente.

4 – Imagina histórias com facilidade

Se é daquelas pessoas que ao ouvir uma conversa alheia no comboio imagina logo uma história épica com vários capítulos, isso significa que tem a capacidade de aceder facilmente à sua imaginação, que é uma das ferramentas indispensáveis para qualquer escritor e combustível da criatividade.

5 – Tem capacidade de persistir como um artesão

Escrever é também persistir, é ter a capacidade de trabalhar continuamente com vista a aprimorar a arte da palavra. Como? Escrevendo muito, sempre. À semelhança daquilo que um artesão faz – dedicando-se a melhorar o seu ofício ao longo de toda a vida – também o escritor deve conseguir colocar-se no papel de quem todos os dias aperfeiçoa o seu mister.

6 – Não desiste com facilidade

Receber elogios é fantástico, mas escrever implica que se esteja disponível para acolher todas as críticas e o mais certo é que algumas (ou muitas, no início) sejam negativas. É sobretudo com estas que se aprende e progride e está consciente disso, pelo que não é pessoa de desistir com facilidade perante as primeiras reações desfavoráveis.

7 – É uma pessoa curiosa

A curiosidade perante o mundo, as pessoas e tudo o que é desconhecido é uma das forças mais poderosas de um escritor. Se tem esta característica, mais facilmente terá histórias sobre as quais escrever ou informação para enriquecer o que quer contar.

8 – Encara a escrita como uma terapia

Escreve regularmente porque se sente muito melhor quando o faz e o simples ato de escrever traz-lhe clarificação ao que vive, bem como às suas emoções e sentimentos. É também por isso que não passa sem os tais inúmeros cadernos, blocos de notas ou, até, diários.

9 – Reconhece quando alguém escreve bem

Quando lê algo que outros escreveram com grande talento percebe-o facilmente e até, não raras vezes, emociona-se. Um talento sabe reconhecer outro.

10 – É incapaz de não escrever

Escrever é a sua forma principal de expressão e não o fazer é-lhe impossível. Por isso, escreve com regularidade, em qualquer altura ou suporte e todas as desculpas são boas para o fazer, valendo até e-mails ou publicações em redes sociais.

Agora que já confirmou aquilo que suspeitava, falta dar o passo seguinte: pôr o seu talento em movimento e trabalhar, trabalhar, trabalhar. Até porque, como costuma dizer-se, o sucesso resulta menos da inspiração que do empenho e da dedicação. Mãos à obra e, no final, concorra ao Prémio de Literatura Infantil Pingo Doce.

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