As autoridades do Taiwan já interrogaram o proprietário do veículo não tripulado que terá caído na linha férrea, provocando o maior desastre ferroviário do país em décadas e do qual resultaram 50 mortos.

O comboio, que transportava cerca de 480 pessoas, descarrilou-se na sequência da queda do veículo não tripulado de manutenção, cujo travão de emergência não foi acionado, de acordo com informações do centro de ajuda humanitária do Governo.

Além das 50 vítimas mortais, o acidente causou ainda ferimentos em mais 178 pessoas, entre os quais dois japoneses e um residente em Macau.

De acordo com informações citadas pela agência Associated Press (AP), o gabinete do procurador distrital confirmou ter entrevistado o proprietário do referido veículo, entre outras pessoas, mas adiantou não ter ainda condições para formalizar uma queixa.

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Uma equipa da procuradoria deslocou-se também hoje à morgue para examinar os corpos, segundo adiantou um porta-voz, Chou Fang-yi.

A Presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen visitou os hospitais próximos do acidente para onde foram transportados os feridos, tendo optado por não se deslocar ao local do acidente para não interferir com os trabalhos de resgate.

“Este doloroso acidente causou muitos feridos e mortos. Vim a Hualien para visitar os feridos e expressar as minhas condolências às famílias enlutadas”, referiu Tasi Ing-wen, durante a visita, assinalando ser sua intenção ajudar estas famílias.

Na ocasião, a Presidente referiu aos jornalistas que tinha já pedido ao Comité de Segurança dos Transportes para realizar uma rigorosa investigação às causas deste acidente.

Entretanto, as autoridades estimam que necessitem de pelo menos sete dias para remover todos os destroços da linha, incluindo as carruagens.

O descarrilamento terá sido provocado pela queda do veículo não tripulado, atingindo o comboio quando este entrava num túnel perto da cidade, esta sexta-feira, cerca das 09:30 locais (02:30, em Lisboa).

Taiwan decidiu pôr as bandeiras a meia haste durante três dias em sinal de luto pelas vítimas.

LT // FPA

Lusa/Fim