O CDS-PP acusou este domingo o Governo de discriminar o setor tauromáquico, ao não permitir o retomar das touradas, diferenciando a atividade do restante setor cultural no processo de desconfinamento, no âmbito da pandemia de covid-19.

Em comunicado, hoje divulgado, o CDS-PP afirma que a situação é tanto mais grave “pelo facto de serem permitidos espetáculos em recintos tauromáquicos, mas não touradas”.

“O setor tauromáquico é mais uma vez atacado gratuitamente por um Ministério condicionado a gostos pessoais de uma ministra [da Cultura, Graça Fonseca], e à pressão de grupos radicais minoritários na sociedade portuguesa”, lê-se no texto.

O CDS-PP salienta que esta situação surge “a par da discriminação no IVA, da idade legal para assistir a espetáculos e ao atraso e omissão nos apoios ao setor cultural”.

Assim, os centristas exigem “respeito pela tauromaquia e pelos artistas que dela dependem para ganhar a vida” e recusam-se “a pactuar com políticas discriminatórias que atacam uma tradição portuguesa enraizada na nossa cultura há centenas de anos”.

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“Portugal é uma democracia plena em que as liberdades individuais de cada um devem ser respeitadas por todos e, acima de tudo, pelo Governo”, frisa o CDS-PP.

Portugal avança na segunda-feira para a terceira etapa do desconfinamento com o regresso às aulas presenciais no secundário e no ensino superior e com a reabertura de lojas, restaurantes e cafés.

Os equipamentos culturais cujo funcionamento seja admitido podem funcionar até às 22:30 durante os dias de semana e até às 13:00 aos fins de semana e feriados.

Quatro concelhos – Moura, Odemira, Portimão e Rio Maior – irão, contudo, recuar à primeira fase do desconfinamento e outros seis vão permanecem na fase atual – Alandroal, Albufeira, Carregal do Sal, Figueira da Foz, Marinha Grande e Penela

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.011.975 mortos no mundo, resultantes de mais de 140,6 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 16.945 pessoas dos 831.001 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.