Depois de Florentino Pérez, Joan Laporta. O presidente do Real Madrid voltou a dar uma entrevista, voltou a elogiar o projeto da Superliga Europeia e sublinhou que nenhum clube abandonou a competição porque nenhum clube pagou o valor previsto para essa saída. Agora, o presidente do Barcelona juntou-se ao homólogo dos merengues, quebrou o silêncio pela primeira vez desde que o escândalo rebentou e sublinhou que o clube não vai deixar os planos a curto prazo — deixando a decisão final nas mãos dos sócios, na Assembleia-Geral marcada para o fim de maio.

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“Temos uma posição de prudência. É uma necessidade, mas a última palavra vai pertencer aos sócios. Os grandes clubes garantem muitos recursos e temos de sublinhar o nosso respeito pela distribuição financeira. Terá de ser uma competição atrativa, baseada no mérito desportivo. Somos defensores das competições nacionais e estamos abertos a dialogar com a UEFA. Precisamos de mais recursos para tornar o futebol num grande espetáculo. Acho que vamos chegar a um entendimento. Alguns clubes sofreram algumas pressões mas a proposta ainda existe. Fazemos investimentos muito importantes, os salários são muitos altos e todas estas considerações terão de ser tidas em conta, tendo em conta também o mérito desportivo”, explicou Laporta, em declarações à TV3.

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De recordar que o presidente do Barcelona acabou por ser o menos criticado por Aleksander Čeferin, presidente da UEFA, quando a Superliga Europeia foi anunciada. “Todos me desiludiram, mas o Barcelona menos do que os outros. O Joan Laporta foi eleito há menos de dois meses, não fez grande coisa. E o contrato que assinou, em que deixou a decisão final aos sócios, foi muito inteligente”, indicou o esloveno.

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Neste momento, a Superliga Europeia está suspensa desde o comunicado divulgado na passada terça-feira. Manchester City, Manchester United, Chelsea, Liverpool, Arsenal e Tottenham foram os primeiros a abandonar o projeto, seguindo-se o AC Milan e o Inter Milão, com a Juventus a afastar-se dos planos e Andrea Agnelli a reconhecer que não é possível avançar com o contexto atual. Real Madrid e Barcelona permanecem dentro da competição, ainda que em patamares diferentes: Florentino Pérez continua a defender o projeto e recusa que este tenha falhado; Joan Laporta aceita a importância do mérito desportivo e recorda que a decisão pertence aos sócios.