A Câmara Municipal de Odivelas quer inaugurar no final de 2023 um parque urbano, de 8 hectares, aproveitando a envolvente do Mosteiro da cidade, uma obra orçada em 11 milhões de euros, anunciou a autarquia.

Uma zona de restauração, um palco para eventos, piscinas, pontes suspensas, cascatas e um parque infantil serão algumas das valências previstas para o futuro parque da cidade de Odivelas, no distrito de Lisboa, segundo o estudo prévio, apresentado esta terça-feira.

No futuro parque, cuja inauguração está prevista para o final de 2023 serão criados vários pontos, como o “Claustro das Artes”, e aproveitados outros espaços já existentes no Mosteiro de Odivelas, como o “Jardim da Princesa” e as piscinas.

O “Jardim da Princesa” é considerado um dos locais mais emblemáticos do Mosteiro e a sua requalificação prevê a valorização de elementos históricos, nomeadamente um pequeno templo e um tanque de rega com ornamentos do século XXVIII.

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“Este jardim terá um caráter mais intimista e romântico e contará com uma entrada pedonal que permitirá um rápido acesso à praça da comida”, pode ler-se no estudo.

Para facilitar o acesso ao parque será também criado um parque de estacionamento com 435 lugares.

Em declarações à agência Lusa, o presidente da Câmara Municipal de Odivelas, Hugo Martins (PS) explicou que a obra pretende “conciliar o património histórico com a modernidade”.

“Conservará os princípios e a identidade com a modernidade e as ambições que temos para o parque, nomeadamente a componente lúdica, recreativa, desportiva, da restauração, da saúde e do bem-estar”, sintetizou o autarca.

Hugo Martins sublinhou que a criação de um parque urbano nas imediações do Mosteiro de Odivelas “é um sonho antigo” e que será “um projeto transformador da cidade e de regeneração urbana”.

O futuro parque da cidade de Odivelas deverá abrir portas no final de 2023 e representará um investimento de cerca de 11 milhões de euros, contando com financiamento comunitário.

A escolha do nome do parque decorrerá de um concurso de ideias que será lançado pela autarquia.

O Mosteiro de São Dinis e São Bernardo, mais conhecido como Mosteiro de Odivelas foi construído em 1310, encontrando-se no seu interior o túmulo do rei D. Dinis.

Nas instalações do Mosteiro de São Dinis funcionou, até ao fim do ano letivo de 2014/2015, o Instituto de Odivelas, propriedade do Ministério da Defesa, tendo depois sido transferido para Lisboa.

Em 2019, a gestão do Mosteiro passou para a Câmara Municipal de Odivelas, através de um acordo de cedência com um prazo de 50 anos e que implica um investimento previsto por parte da autarquia de cerca de 16 milhões de euros em obras de requalificação, bem como o pagamento de uma renda mensal de 23 mil euros, anualmente atualizável.