A Renault já abriu as encomendas para o Arkana, modelo que se posiciona na gama da marca francesa entre o Kadjar e o Koleos (este último já não se vende entre nós, porque nunca descolou comercialmente), constituindo por isso uma nova entrada no concorrido segmento C-SUV, onde pretende dar nas vistas, sobretudo, devido ao seu peculiar design. A entrega das primeiras unidades nos concessionários portugueses está prevista para o final do próximo mês, com os preços a partirem de 31.600€.

O Arkana é, para a Renault Portugal, um dos lançamentos mais aguardados do ano face ao “burburinho” que gerou desde que foram divulgadas as suas primeiras imagens, com muitas manifestações de “expectativa e de entusiasmo” nas redes sociais, segundo a marca. Isto porque o modelo que vem reforçar a oferta da Renault no segmento dos familiares, além de constituir uma novidade absoluta na gama, destaca-se pelo seu estilo invulgar, a convocar a ideia de desportividade por via de uma linha de tejadilho que pende de forma pronunciada para a traseira, secção que, por sinal, é quanto a nós a mais impactante do conjunto.

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Estamos, portanto, perante um SUV coupé, tendência lançada pelos chamados construtores premium, cuja adesão tem sido tal que até os fabricantes ditos generalistas optam por seguir. Apesar de, potencialmente, o carácter prático deste tipo de carroçaria exigir sacrifícios em nome do estilo, seja na altura disponível para quem ocupa os lugares posteriores, seja na visibilidade para trás. Algo que só poderemos verificar depois de um primeiro contacto com o novo Arkana.

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Para já, o que a marca garante é que este C-SUV oferece “o maior espaço livre para as pernas do segmento” (211 mm), sendo igualmente referenciais os 305 mm de espaço para os pés. Isto apesar de o Arkana recorrer à plataforma do Clio e do Captur e não à do Kadjar, SUV face ao qual é 8 cm mais comprido (4,57 m versus 4,49 m). Isto explica o facto de a bagageira do SUV coupé conseguir ser mais generosa do que a do Kadjar, com uma carroçaria mais “convencional”, oferecendo 513 litros de capacidade contra os 472 do Kadjar.

A volumetria da bagageira cai para 438 litros na versão E-TECH Hybrid, o híbrido da gama com 143 cv que recorre à mesma motorização que está disponível no Clio, prometendo baixar até 40% as emissões de CO2 e os gastos de combustível, face uma motorização convencional a combustão equivalente. Proposta por valores que arrancam nos 33.100€ com o nível de equipamento base (Business), esta versão combina o motor 1.6 a gasolina da Aliança com dois motores eléctricos – sendo um deles de tipo HSG (High-Voltage Starter Generator) isto é, actua como motor de arranque/gerador de alta voltagem – e uma caixa de velocidades multimodos sem embraiagem. O arranque faz-se sempre em modo eléctrico e a bateria é recarregada com a regeneração de energia nas desacelerações, nas travagens ou por meio do 1.6, aproveitando a energia excedentária sempre que este se encontra no regime ideal de funcionamento. Daí que a marca assegure que é possível “rodar até 80% do tempo em cidade no modo eléctrico”, com a homologação de consumos a reflectir o apoio eléctrico desta unidade motriz que, em ciclo combinado WLTP, reivindica um consumo de 4,9l/100 km.

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A gama do Arkana conta ainda com o quatro cilindros 1.3 TCe, com injecção directa de gasolina, acoplado à caixa automática de dupla embraiagem EDC com sete velocidades e equipado com um sistema mild hybrid, o qual é composto por um alternador/motor de arranque associado a uma bateria de iões de lítio de 12V, para baixar ligeiramente consumos e emissões (5,8 l/100 km). No lançamento, este motor é proposto na versão de 140 cv, que é arranca nos 31.600€ no nível de equipamento de entrada. Lá mais para a frente, será a vez de introduzir a variante mais potente do 1.3 TCe, com 160 cv.

Além do Business, existem outros dois níveis de equipamento. O Intens é o intermédio e requer mais 2100€ sobre o preço da correspondente versão básica. Trata-se de um investimento interessante, atendendo à quantidade de equipamento acrescido – jantes de 18 polegadas; alerta de ângulo morto; alerta de obstáculo na traseira; cruise control adaptativo; volante e punho da alavanca da caixa de velocidades em couro; painel de instrumentos de 10 polegadas e ecrã central táctil de 9,3 polegadas com navegação e compatível com Android Auto e Apple CarPlay; entre outros.

O nível de equipamento de topo de gama, com uma vertente desportiva, é o R.S. Line, disponível por 36.300€ com o TCe 140 EDC, ou por 37.800€ na versão híbrida. Entre os elementos diferenciadores incluem-se o pára-choques dianteiro com lâmina aerodinâmica inspirada na F1, protecções dianteira e traseira em preto brilhante, tal como os retrovisores exteriores. O interior conta igualmente com uma filosofia mais desportiva, das costuras vermelhas à pedaleira em alumínio, entre outros pormenores. Já no domínio da segurança, este nível de equipamento junta às funcionalidades associadas às versões Business e Intens o estacionamento mãos livres (Easy Park Assist) e o alerta de obstáculo lateral.