O popular Defender evoluiu de um jipe puro e duro, indicado para incursões mais radicais por todo-o-terreno, caçadas e aventuras africanas, para um SUV mais sofisticado e refinado, sem contudo abrir mão de toda a sua proverbial capacidade de lidar com os piores terrenos que existem. De caminho, neste seu processo de notória evolução, o Defender trocou o seu antigo chassi de longarinas, carroçaria aparafusada e eixos rígidos, pela plataforma do Discovery, monobloco e com suspensões independentes.

De acordo com o CEO da Jaguar Land Rover (JLR), Thierry Bolloré, o objectivo da Land Rover é separar mais os seus dois SUV, para que não roubem vendas um ao outro. O Discovery era até aqui tradicionalmente quem mais vendia, mas o sucesso do Defender tem vindo a criar alguma canibalização. Acredita Bolloré que, com o Discovery a passar a usar a nova plataforma Electric Modular Architecture (EMA) do grupo, o problema pode ser sanado.

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O objectivo da JLR passa também por dotar o Discovery da capacidade de oferecer versões híbridas plug-in, não só para reduzir a média de emissões de CO2 da gama britânica, como para cair nas boas graças dos clientes deste tipo de veículos, muitos deles em busca de soluções mais amigas do ambiente. Simultaneamente, uma versão PHEV permitiria ao Discovery usufruir das vantagens fiscais conferidas a estas motorizações em muitos países europeus, incluindo Portugal.

Segundo o CEO do construtor, a EMA permite ainda conceber um Discovery 100% eléctrico, que a JLR irá ter de oferecer mais cedo ou mais tarde. A nova geração do Discovery, com base na EMA, deverá surgir em 2024, segundo o Auto News.

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