Rui Leão Martinho está a ser apontado como possível líder de uma lista de oposição nas próximas eleições para a Mutualista Montepio. Segundo apurou o Observador, o atual bastonário da Ordem dos Economistas poderá encabeçar a lista onde participa o ex-administrador financeiro da mutualista Miguel Coelho, sendo que nesta fase ainda não há decisão sobre se esta lista irá unir toda a oposição ou se, tal como em 2018, a oposição se irá dividir em duas listas.

O bastonário da Ordem dos Economistas já tinha participado no último ato eleitoral, em 2018, apoiando a então “lista B”, que acabou derrotada (tal como a lista C) pela lista A, que era na altura liderada por António Tomás Correia. Essa lista B também incluía o ex-administrador financeiro Miguel Coelho, que agora chegou a ser falado como possível líder para a lista (ou uma das listas) da oposição.

Contactado pelo Observador, Rui Leão Martinho indicou que “não há nada formal” e que, neste momento, não é uma possibilidade que esteja “na agenda”.

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Mas as pessoas que estão a negociar se haverá uma ou duas listas da oposição, que vão reunir-se novamente nesta quarta-feira, têm vindo a procurar um nome consensual e bem conhecido na praça que pudesse ser “cabeça de cartaz”, ou seja, candidato a presidente da Mutualista Montepio. Nesse pressuposto, nomes como os de Miguel Coelho e outras figuras de relevo na estrutura, que estão envolvidas neste processo, ficariam na administração, mas não como presidentes.

João Costa Pinto, ex-vice-governador do Banco de Portugal, chegou a ser abordado para assumir esse cargo, mas o facto de ainda estar na liderança do Banco da Fundação Oriente, que está em processo de venda, é um dos fatores que, pelo timing, tornam esse nome menos provável. Pelo menos nesta fase. Daí que Rui Leão Martinho, que já transmitiu o seu apoio a estes esforços de constituição de lista, tenha emergido como a principal hipótese para vir a liderar a lista de oposição à atual administração (que é liderada por Virgílio Lima e irá recandidatar-se).

Esta possível candidatura ganhou algum ímpeto porque na última assembleia-geral, na última semana, a administração liderada por Virgílio Lima sentiu notórias dificuldades em afirmar as suas propostas, tendo perdido votações relacionadas com o regulamento eleitoral, por exemplo. A aprovação das contas e do plano anual acabou, nesse contexto, por ser adiada para dia 9 de junho, também porque a hora já ia adiantada.