O projeto-lei que prevê a criminalização da chamada “terapia de conversão”, uma das promessas do governo de Justin Trudeau, foi aprovado esta terça-feira pela Câmara dos Comuns do Canadá.

A “terapia de conversão” tem por objetivo mudar a orientação sexual ou o género de um indivíduo, com recurso a várias técnicas, que vão desde hipnose a choques elétricos ou jejum. A prática, promovida por grupos ultra-conservadores, foi classificada como “prejudicial” pela Associação Média Americana e proibida em três países — Brasil, Equador e Malta.

Uma das promessas da campanha eleitoral do primeiro-ministro Justin Trudeau, reeleito em 2019, o projeto-lei foi apresentado pelo Governo canadiano em março. Na altura, o ministro da Justiça e Procurador-Geral do Canadá, David Lametti, classificou a “terapia de conversão” como “uma prática cruel, que pode levar a traumas que persistem o resto da vida, principalmente em jovens”, frisando que foi “desacreditada e denunciada por profissionais e associações de saúde no Canadá, nos Estados Unidos e em todo o mundo. Não tem base na ciência ou em fatos”.

Segundo a Reuters, o projeto-lei foi aprovado pela Câmara dos Comuns com 263 votos a favor e 63 contra, antes do início das férias de verão, esta quarta-feira. Seguirá agora para o Senado para aprovação.

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