Apenas três lusodescendentes estão entre os candidatos à Assembleia Legislativa (AL) de Macau por sufrágio direto, menos quatro do que nas anteriores eleições em 2017, segundo as listas publicadas quarta-feira.

Apenas um, o deputado da AL José Pereira Coutinho, encabeça uma lista àquele órgão, entre as 19 candidatas por sufrágio direto, menos cinco do que há quatro anos. Lídia Lourenço acompanha (no quinto lugar) o deputado na lista da Nova Esperança. Tal como Pereira Coutinho, também integrou o Conselho das Comunidades Portugueses (ela como suplente, ele enquanto presidente).

Já o arquiteto Rui Leão, presidente do Conselho Internacional dos Arquitetos de Língua Portuguesa, integra (no sétimo lugar) a lista Observatório Cívico, encabeçada pela deputada da AL Agnes Lam. Pereira Coutinho e Lídia Lourenço repetem as respetivas candidaturas, Rui Leão regressa depois de ter ficado de fora em 2017. Pereira Coutinho será o único em lugar elegível, de acordo com os resultados das últimas legislativas.

As listas candidatas à AL por sufrágio direto são: Energia Coletiva de Macau, Aliança de Bom Lar, União Promotora para o Progresso, Macau Vitória, União para o Desenvolvimento, Associação de Próspero Macau Democrático, Associação do Novo Progresso de Macau, União de Macau-Guangdong, Observatório Cívico, Poder da Sinergia, Novos Jogos de Macau, Poderes do Pensamento Político, Associação dos Cidadãos Unidos de Macau, Associação do Progresso de Novo Macau, Nova Esperança, Força do Diálogo, Plataforma para os Jovens, Ou Mun Kong e Aliança Para a Promoção da Lei Básica de Macau.

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Já as listas por voto indireto são: União dos Interesses Empresariais de Macau, dos setores industrial, comercial e financeiro; Comissão Conjunta da Candidatura das Associações de Empregados, do setor do trabalho; União dos Interesses Profissionais de Macau, do setor profissional; Associação de Promoção do Serviço Social e Educação” dos setores dos serviços sociais e educacional; e União Cultural e Desportiva do Sol Nascente, dos setores cultural e desportivo.

A AL é composta por 33 deputados, 14 dos quais são eleitos por sufrágio universal e 12 por sufrágio indireto (através de associações), além de sete posteriormente nomeados pelo chefe do executivo.

As eleições para a Assembleia Legislativa de Macau vão realizar-se em 12 de setembro.

De acordo com uma outra ordem executiva do chefe do Governo local, Ho Iat Seng, o limite das despesas de cada candidatura foi fixado em 3,5 milhões patacas (cerca de 37 mil euros). Em fevereiro, o orçamento das eleições legislativas deste ano foi estabelecido em 50,8 milhões de patacas (5,2 milhões de euros), indicou o presidente da Comissão de Assuntos Eleitorais da Assembleia Legislativa (CAEAL). Tong Hio Fong indicou tratar-se de uma redução de cerca de 8,5% em relação às legislativas de 2017.