“É feriado hoje, c******!”. Há exatamente cinco anos, na zona da Alameda, Eder agarrou no microfone e colocou em delírio um enorme mar de gente que já estava em delírio. Na véspera, em pleno Stade de France e logo contra a equipa da casa, Portugal tinha conseguido o seu primeiro grande troféu com um pontapé fantástico de fora da área na segunda parte do prolongamento. O avançado, que é um homem de fé, teve mais do que fé naquele que ficaria como o remate mais emblemático da Seleção. Se hoje anda esquecido, o seu país não mais o esquecerá. E foi ele também que representou Portugal na final do Campeonato da Europa entre Inglaterra e Portugal.

Cinco anos depois, Eder tem quase tudo. Até a rede da baliza do golo. Só lhe falta um contrato

“É um orgulho ter sido convidado para este evento e poder fazer a ‘passagem de testemunho’, embora seja agridoce porque preferia que Portugal estivesse hoje [domingo] em campo. Não estando, é sempre bom representar o país e desfrutar de uma final que espero que seja emocionante”, comentou o jogador de 33 anos em declarações aos meios da Federação Portuguesa de Futebol na antecâmara da partida decisiva em Wembley.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

No entanto, e cinco anos depois desse momento de uma vida, Eder continua ainda sem clube, após ter chegado ao fim do contrato com os russos do Lokomotiv de Moscovo, clube que representou após passagens por Lille (onde esteve em 2015/16 por empréstimo e ficou depois a título definitivo) e pelo Swansea. Próxima etapa aos 33 anos? Ninguém sabe, a começar pelo próprio. Mas com duas certezas: está pronto e tem preferências.

Éder. A vida foi-lhe dura, mas deu-lhe ouro

“Ainda tenho muito para dar, estou em boa forma. E estou ansioso pelo novo capítulo da minha carreira, gostava de experimentar algo novo e quero continuar a conquistar títulos. Vencer ainda é muito importante para mim”, comentou o internacional português, em declarações reproduzidas pelo SoccerBible. “No futebol podes ter várias jornadas culturais, da Turquia, ao Médio Oriente ou até mesmo até à MLS [EUA]. Gostava de experimentar um campeonato por onde ainda não passei, com bom tempo e bons estádios”, acrescentou o avançado.

Os bastidores da vida de Eder contados pelo próprio