O número de rastreios feitos às pessoas que contactaram com infetados com Covid-19 está a baixar. No final de junho, apenas 74% desses contactos foram rastreados, o que quer dizer que isso não aconteceu em cerca de um quarto dos casos de infeção, apesar de os rastreios serem apresentados, a par da testagem e vacinação, como um dos pilares da estratégia de combate à Covid-19.

Os números, noticiados pelo Público nesta quarta-feira, fazem parte dos relatórios semanais que dão conta das linhas vermelhas da pandemia, e que começaram a ser publicados em abril. Desde então, o número de rastreios nunca tinha sido tão baixo: a percentagem começou nos 91,5%, tinha chegado a atingir, no mínimo, os 76% e nas últimas semanas estava nos 78%.

A descida acontece apesar de o número de profissionais de Saúde envolvido no processo até ter aumentado: se no início havia 121 por dia a participar nos rastreios, no último relatório, de 9 de julho, já eram 336.

No entanto, os especialistas ouvidos pelo Público asseguram que esse aumento pode não ser suficiente para resolver os problemas na prática. Por um lado, porque o aumento de casos pode significar que o número de profissionais pode ter de ser ainda maior, ou de fazer mais horas; por outro, porque os peritos apontam tanto um maior cansaço da parte dos profissionais como uma menor disponibilidade para colaborar do lado dos rastreados.

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