O presidente da Comissão Eleitoral Nacional (CEN) são-tomense disse este sábado que serão reforçadas as medidas de segurança para prevenir incidentes durante a divulgação dos resultados eleitorais das presidenciais deste domingo, como aconteceu nas legislativas de 2018.

“Para a segurança do processo é todo um conjunto de preparações em curso para prevenir situações menos boas e se não conseguir prevenir, pelo menos conter caso elas surjam. E tudo isso posso garantir-vos que está devidamente instruído e preparado para o dia de amanhã [domingo] para garantir que as eleições sejam tranquilas, justas e ordeiras”, garantiu o responsável, Fernando Maquengo.

“Como deve ser tristemente do vosso conhecimento, tivemos no final das eleições de 2018 algumas situações de agitação no país que incluiu a queima da viatura de uma juíza, já na fase de apuramento dos resultados”, lamentou.

Este acontecimento “francamente indesejado”, acrescentou, levou as autoridades a ter agora em conta “um plano de intervenção, não só do ponto de vista físico, ou seja, com a presença das forças policiais, mas também, na divulgação de informação mais fluidas entre as partes interessadas”, acrescentou o presidente da CEN.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

O presidente da CEN, que falava durante um encontro com pouco mais de 20 observadores da Comissão Económica dos Estado da África Central (CEEAC) e da União Africana (UA) sublinhou que esse “plano de intervenção” vai garantir maior tranquilidade a todo o processo eleitoral.

“Por isso, estamos tranquilos que todo o processo deverá decorrer o mais tranquilamente possível”, explicou aos observadores.

O responsável garantiu que a partir das 7:00 locais (08:00 em Portugal) de domingo estarão disponíveis 304 assembleias de voto espalhados pelo país, 42 das quais na diáspora.

O presidente da CEN enalteceu e saudou “todo o esforço da cooperação internacional”, em particular “o apoio financeiro dispendido por Portugal e Japão” para este processo eleitoral.

Congratulou-se também com o “apoio” da Organização das Nações Unidas “na preparação, manutenção e na conceção” dos preparativos do evento, incluindo “nos vários encontros de diálogos levados a cabo no âmbito deste processo”.

Fernando Maquengo referiu que no país estão apenas “duas equipas” de observadores da UA e da CEEAC que integram representantes de Angola, Guiné-Bissau, Mali e Camarões, mas são aguardadas “pelo menos até as primeiras horas de amanhã (domingo)”, outras delegações de Japão, Estados Unidos da América, cuja presença já foram confirmadas.