Com os Jogos Olímpicos à porta, os responsáveis pela organização estão preocupados com o que tem sido uma grande ameaça à competição, embora esteja, ao que tudo indica, resolvida. O problema? Ostras.

Dezenas de milhares destes animais acorreram à Sea Forest Waterway, situada em Odaiba, na Baía de Tóquio, onde vão decorrer as provas de canoagem e remo, nas quais participam vários atletas portugueses. As ostras agarram-se às boias que têm como objetivo reduzir o número as ondas durante as provas olímpicas, fazendo com que estas se afundassem.

A organização ficou incrédula com o desaparecimento súbito das estruturas flutuantes e para resolver o problema foi preciso muito trabalho e dinheiro. Os equipamentos estão espalhados ao longo de 5,6 quilómetros e as boias tiveram de ser limpas por mergulhadores ou trazidas a terra para o mesmo efeito. Os trabalhos custaram cerca de um milhão de euros.

No total, foram retiradas da água 14 toneladas de ostras “magaki” da água, consideradas uma iguaria e muito populares no Japão. No entanto, as ostras não foram aproveitadas para refeições. “Não consideramos consumi-las, isso colocaria em causa os protocolos de segurança”, justificou um membro da organização ao jornal Asahi, Shimbun, segundo a BBC.

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O local onde se vão realizar as provas de canoagem e remo, segundo o Independent, já acolheu várias “piscinas” de piscicultura e a salinidade das águas permite às ostras viverem com qualidade naquele ambiente.

Portugal tem nas provas de canoagem os seguintes atletas: Fernando Pimenta (K1 1000), Teresa Portela (K1 400), Emanuel Silva, João Ribeiro, David Varela e Messias Baptista (K4 500) e Joana Vasconcelos (K1 500). No slalom, Antoin Launay particpará em K1.

No remo, na categoria LM2x, estarão Pedro Fraga e Afonso Costa.