O Brasil arrecadou 881,9 mil milhões de reais (143,3 mil milhões de euros) em impostos no primeiro semestre do ano, um crescimento de 24,4% face ao mesmo período de 2020, anunciou esta quarta-feira, o Tesouro Nacional brasileiro.

O dado reflete a reativação económica brasileira após a crise gerada pela pandemia de Covid-19 no ano passado.

Em junho, a Administração Tributária Federal, responsável pelos impostos pagos ao Governo central, arrecadou 137,1 mil milhões de reais (cerca de 22,3 mil milhões de euros), montante 46,7% maior do que o registado no mesmo período de 2020. Segundo o Tesouro brasileiro, trata-se da melhor arrecadação do semestre e do mês de junho desde 2000.

O Governo brasileiro explicou que o resultado se explica por fatores não recorrentes, como a arrecadação de tributos que não foram recolhidos em 2020 para ajudar a mitigar a crise económica provocada pela pandemia, que este ano somou cerca de 20 mil milhões de reais (cerca de 3,2 mil milhões de euros).

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A arrecadação de impostos no Brasil acelerou nos últimos meses devido ao crescimento da economia e bateu um recorde em fevereiro, março, abril e maio.

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 1,2% no primeiro trimestre do ano e o Banco Central estima que até ao final de 2021 a economia brasileira crescerá 4,6%, projeção menos otimista do que a dos agentes do mercado financeiro, que esperam um crescimento de 5,27%.

A previsão de crescimento da economia brasileira para este ano permitirá que o país se recupere depois de uma queda de 4,1% registada em 2020, o pior resultado anual desde 1996.