A Dielmar apresentou um pedido de insolvência, por não conseguir fazer face às suas obrigações à banca, numa decisão justificada pelo impacto da pandemia sobre o negócio, segundo notícia avançada pelo Eco. As tentativas para encontrar novos investidores para o capital da empresa liderada por Ana Paula Rafael e fundada em 1965, pondo em risco 300 postos de trabalho.

O pedido deu entrada no tribunal na passada sexta-feira, segundo o jornal online. A empresa têxtil, uma das maiores empregadoras da Beira Baixa, encerrara para férias no final de julho.

Apesar de ter beneficiado de lay-off até aí, reconheceu não ter condições para pagar os salários a partir de agosto, depois de ter faturado apenas 700 mil euros nos primeiros três meses do ano, segundo o diário, face a 5 milhões de euros no período homólogo do ano passado.

Foram garantidos, entretanto, os salários aos trabalhadores e os pagamentos devidos ao Estado.

Está marcada para esta segunda-feira um plenário com os trabalhadores, por volta das 15h à porta da empresa, de acordo com o Jornal do Fundão.

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O presidente da Câmara Municipal de Castelo Branco, em entrevista à Rádio Observador pede uma reunião com o ministro da Economia, Pedro Siza Vieira. Afirma que já tinha pedido para reunir com o governo, mas que não obteve resposta.

Insolvência da Dielmar. Autarca de Castelo Branco pede reunião com o governo

José Augusto Alves fala numa situação “trágica” para o interior do país, mas admite que Castelo Branco pode conseguir absorver alguns postos de trabalho para os funcionários que venham a perder o emprego.

Do lado dos trabalhadores, o Sindicato dos Trabalhadores do Sector Têxtil da Beira Baixa também chama a atenção ao executivo de António Costa. À Rádio Observador, a responsável do sindicato, Marisa Tavares lembra que um processo de insolvência não “dita de imediato o encerramento da empresa” e pede a intervenção do governo. O sindicato considera que agora é o momento de o executivo passar da teoria à prática, e implementar medidas de apoio ao interior do país. 

Marisa Tavares avança ainda que os trabalhadores foram informados do pedido de insolvência através da comunicação social. A dirigente sindical revela que os trabalhadores esta segunda-feira às 15h para encontrar soluções, e apresentar propostas ao ministério de Pedro Siza Vieira.