O PSD condenou esta sexta-feira “veementemente o atentado terrorista” de quinta-feira junto ao aeroporto de Cabul e apelou ao “total empenho” na continuação da retirada de todos os que colaboraram com as forças aliadas no Afeganistão.

“O PSD condena quaisquer atos terroristas, seja de que natureza e motivação for”, refere PSD, em comunicado do grupo parlamentar.

Na nota, os sociais-democratas salientam que as duas explosões, “presumivelmente através de bombistas suicidas”, vitimaram pelo menos 182 pessoas, incluindo crianças e treze militares norte-americanos, havendo registo de mais de 140 feridos.

“Há o justo receio de que possam ocorrer novos ataques perto do aeroporto da capital afegã. Neste sentido, o PSD entende e apela que seja mantido total empenho na garantia de segurança no acesso ao aeroporto de Cabul e a continuar a retirar, o mais depressa possível, as pessoas que colaboraram com as forças aliadas que são perseguidas pelo fundamentalismo religioso talibã”, referem os sociais-democratas.

O Conselho de Segurança das Nações Unidas condenou esta sexta-feira os atentados bombistas em Cabul, e apelou à cooperação de “todos os Estados” para levar os autores à justiça.

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O secretário-geral da ONU, António Guterres, já tinha condenado o atentado em Cabul na quinta-feira, e convocou uma reunião do Conselho de Segurança para segunda-feira, para discutir a situação no Afeganistão.

O ataque terrorista em Cabul foi reivindicado pelo grupo Estado Islâmico da Província de Khorasan (ISKP, na sigla em inglês).

Horas depois do ataque, em que morreram 13 militares norte-americanos, o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, prometeu que os autores iriam pagar pelo ataque.

Não esqueceremos, não perdoaremos e vamos caçar-vos e fazer-vos pagar“, disse Joe Biden.

“Vamos responder com precisão num momento à nossa escolha. Vocês não vão ganhar”, acrescentou.

Os Estados Unidos e os seus aliados invadiram o Afeganistão em outubro de 2001, depois de os talibãs se terem recusado a entregar o então líder da Al-Qaida, Osama bin Laden, considerado o principal responsável pelos ataques terroristas de 11 de setembro, que tinham acolhido no país.

A invasão também pôs fim ao primeiro governo dos talibãs (1996-2001), que regressaram ao poder no passado dia 15 de agosto, após uma ofensiva que coincidiu com o início da retirada das forças internacionais.

A operação de retirada dos militares dos Estados Unidos terá de estar concluída até à próxima terça-feira, 31 de agosto.

Milhares de afegãos com medo dos talibãs têm afluído diariamente ao aeroporto de Cabul desde 15 de agosto, de onde as forças internacionais retiraram mais de 100.000 pessoas desde então.