“Unidos pela Emoção”. É este o mote dos Jogos Paralímpicos Tóquio 2020 e o guia de uma sprinter com deficiências visuais de Cabo Verde não ficou por meias medidas e ali, na pista, pediu-a em casamento. Manuel Vaz da Veiga ajoelhou-se perante o estádio, a restante competição e a sua agora noiva, a cabo-verdiana Keula Pereira Semedo, pedindo-a em casamento.

Foi até agora, seguramente, uma das cenas mais românticas dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio 2020, resultando em imagens que já se estão a tornar virais nas redes sociais. A atleta falhou a qualificação nos 200 metros T11, mas ambos terão ganho muito mais do que a “mera” qualificação numa corrida. Mas de qualquer forma, uma vitória no final da meta.

Keula, fisioterapeuta de 32 anos, começou a correr aos 15 em Cabo Verde, mas veio para Portugal por volta de 2010, com a mãe, vivendo em Lisboa. Depois de uma pausa na carreira de atleta, voltou a dedicar-se à corrida em 2012, chegando agora aos seus primeiros Jogos Paralímpicos. Foi nesse mesmo ano, quando resolveu voltar ao desporto, que o Governo de Cabo Verde lhe atribuiu uma Medalha de Mérito no Desporto.

“Com o pedido de casamento estou a sentir várias emoções agora. Não tenho palavras para descrever o que sinto. Tenho a certeza que os pais de ambos vão ficar muito contentes. Vão gostar. Estes foram os meus primeiros Jogos Paralímpicos e com a minha idade e velocidade até estava a pensar parar depois. Mas agora tenho motivação adicional para continuar, sempre com ele [Manuel] ao meu lado”, disse após a corrida em declarações ao site da competição.

Por seu lado, o agora noivo da atleta, Manuel, que pediu às adversárias que se juntassem à “festa”, anda a planear tudo desde julho, quando Keula foi escolhida para representar o sue país: “Achei que era a melhor ocasião e o melhor local, visto que a pista é a sua segunda casa. Estamos juntos há 11 anos e eu pensei que era tempo de pedi-la em casamento, então porque não?”.

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