A Guarda Civil espanhola anunciou esta terça-feira o desmantelamento de uma organização criminosa na Andaluzia que se dedicava ao comércio ilegal de moluscos provenientes principalmente de Portugal, tendo detido quatro pessoas e colocado em investigação mais cinco.

De acordo com um comunicado de imprensa publicado por esta força de segurança espanhola, entre vários organismos internacionais que colaboraram na operação estão as portuguesas GNR (Guarda Nacional Republicana e a ASAE (Autoridade de Segurança Alimenta e Económica).

Agentes do Serviço de Proteção da Natureza (SEPRONA) espanhola do Comando Civil da Guarda Civil de Huelva desmantelaram, na chamada operação “CARDIIDAE”, uma organização criminosa que se dedicava à “pesca ilegal de moluscos” e procederam à detenção de quatro pessoas, estando ainda a ser investigadas outras cinco pessoas singulares e cinco entidades jurídicas de diferentes províncias da Andaluzia (região espanhola que faz fronteira com o sul de Portugal).

“Esta operação visa combater a pesca ilegal de moluscos bivalves vivos de outros países e a sua subsequente comercialização e disponibilização ao consumidor final em diferentes partes de Espanha e da Europa”, de acordo com o comunicado da Guarda Civil.

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Os moluscos, “na sua maioria provenientes de Portugal” e capturados em zonas proibidas aos mariscadores ilegais foram introduzidos em Espanha utilizando documentos falsificados de captura e transporte.

Durante as inspeções realizadas em diferentes centros de expedição e depuração e instalações aquícolas, foram ainda apreendidos 16 toneladas de moluscos bivalves vivos e uma grande quantidade de documentação.

Segundo a Guarda Civil, foi encerrada uma instalação e localizada uma outra de depuração de bivalves clandestina instalada num semi-reboque, que não cumpria os regulamentos em vigor.

A criação de moluscos bivalves é feita em várias zonas costeiras de Portugal, nomeadamente no Algarve, principalmente na Ria Formosa e na Ria de Alvor.