Neymar tem 41 golos em 69 jogos e uma Liga dos Campeões; Messi tem 120 golos em 149 jogos e venceu quatro Champions; Mbappé tem 27 golos em apenas 45 jogos. Foi com estes números que o tridente mais esperado do futebol mundial, o agora chamado “MNM“, entrou no relvado do terreno do Club Brugge. Muita expetativa, muitos golos, cinco troféus da competição, alguma pressão sobre o eterno e algo “obcecado” pela Champions PSG. Aliás, expetativa até é eufemismo perante o que foi e é a ida de Lionel Messi para a equipa parisiense, mas a verdade é que não se sabia bem o que esperar da estreia do trio e, mesmo que super favoritos, ainda tinham os belgas para derrotar.

E o jogo nem começou mal para o PSG. Um dos craques do tridente, Mbappé, trabalhou bem e rápido, como é seu apanágio, na esquerda, cruzando para o centro da área onde Herrera apareceu a finalizar. O início da festa do MNM no entanto foi cortada passada menos de 15 minutos, com um golo do capitão do Club Brugge, Vanaken. Esperava-se uma reação do PSG, mas a equipa belga, ainda que visivelmente com menos recursos, como era de esperar, nunca se deixou massacrar e, apesar de Messi ter acertado uma vez nos ferros, conseguiu terminar o jogo com um empate que tem sabor a vitória, num encontro em que Danilo jogou toda a segunda parte e Nuno Mendes entrou muito bem já nos segundos 45 minutos.

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O empate não é um bom resultado para o PSG, mas há mais coisas negativas que saem da Bélgica, neste caso uma lesão de Mbappé, ainda por averiguar, claro. O jogador queixou-se após um lance com o adversário Nsoki já em cima dos últimos minutos do intervalo e, após poucos minutos da segunda parte e nova disputa de bola, pediu imediatamente a substituição, visivelmente queixoso do pé esquerdo.

“Paris Premiére” dizia a capa do L’Equipe esta quarta-feira, jornal que, no seu site, após o jogo, era muito claro: “Foi uma performance pobre. Sob os holofotes da grande estreia de MNM, o PSG e o seu trio de atacantes deixaram a assistência com fome”.

“Messi, Neymar e Mbappé, juntos? Eu junto-me à emoção coletiva, sou como toda a gente, seria doido se não quisesse vê-los jogar juntos”, disse o treinador dos franceses, Mauricio Pochettino, na antevisão à partida, deixando um “talvez” sobre se os adeptos iam ter direito a ver Mbappé, Neymar e Messi juntos. “Com estes nomes, podemos ter a sensação de que somos a equipa a abater, mas é o Chelsea, o atual campeão. Somos um clube que comprou muitos jogadores neste verão e recrutou alguns nomes muito importantes, mas devemos converter tudo isso numa equipa, como o Chelsea fez no ano passado”, disse ainda o timoneiro argentino.

Não ficou a sensação de que o PSG é a equipa a abater, pelo menos para já, mas que pode muito bem vir a ser, pode, visto ter um plantel de fazer inveja a praticamente todas as equipas de planeta. No entanto, ninguém pode forçar Messi, neste caso, a estar desde logo entrosado com os colegas, apesar de ser, para muitos, o melhor jogador de todos os tempos. São craques, grandes craques, mas também precisam de algumas rotinas. Como disse Pochettino, é preciso tempo para aparecer uma “equipa”. E foi mesmo isso que transpareceu esta quarta-feira em campo, com o Club Brugge a dispor também de oportunidades e, a jogar perante e com o seu público, com uma boa intensidade no relvado.

São 188 golos divididos divididos por três jogadores. Esta noite não apareceram, mas quando aparecerem…