O candidato do PAN — Pessoas-Animais-Natureza à Câmara de Gaia, Nuno Gomes de Oliveira, defendeu, esta quinta-feira, a preservação da agricultura periurbana e das áreas florestais no concelho para diminuir a pegada ecológica.

“Gaia é um concelho que ainda tem uma agricultura periurbana. Isso é importante do ponto de vista do ordenamento do território, da criação de emprego e da diminuição da pegada ecológica”, referiu.

Nuno Gomes de Oliveira exemplificou que não precisa de comprar tomates produzidos no Alentejo se pode comprar produzidos em Gaia.

“A chamada pegada ecológica, o custo ambiental do transporte, diminui muito”, frisou.

O técnico superior na Câmara de Gaia, no distrito do Porto, candidato independente pelo PAN às eleições autárquicas de 26 de setembro, falava à Lusa após uma visita à Plataforma de Acolhimento e Tratamento Animal de Gaia e ao Parque Biológico de Gaia em mais uma ação de campanha para “contacto com as pessoas e para dar a conhecer a existência da candidatura”.

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Também sobre as áreas florestais do concelho, o candidato do PAN referiu que é importante preservar e potenciar estas por causa “da crise do clima”, apontando áreas florestais como a Serra de Canelas.

Nuno Gomes de Oliveira alertou também que Gaia tem problemas de erosão no litoral o que faz com que haja gente que vai ter que ser realojada dentro de décadas, ou em menos tempo.

E referiu que não é o mais importante saber que para o ano vão ser construídos mais um centro de saúde ou uma escola, mas saber quantas destas infraestruturas são necessários no concelho.

Nuno Gomes de Oliveira explicou que não faz promessas, mas que pretende lançar um conjunto de ideias para uma “gestão do município de outra maneira” para lá do horizonte de quatro anos, “em que a maioria dos problemas não se pode equacionar, ainda por cima num momento em que atravessamos uma crise ambiental e climática gravíssima”.

Para o candidato do PAN, de 65 anos, os funcionários da Câmara devem “participar muito mais na gestão do município”.

“[Esta] não deve ser tão centralizada e deve ser dado valor ao trabalho dos funcionários municipais, porque muitos deles são técnicos qualificados e têm uma palavra a dizer que deve ser escutada”, apontou.

Ainda sobre a gestão autárquica, o também presidente do FAPAS — Fundo para a Proteção dos Animais Selvagens defendeu “mais transparência” e participação dos cidadãos de “forma real”, colhendo “expectativas e ideias para executar uma reprogramação da atividade municipal a longo prazo”.

São candidatos à Câmara de Vila Nova de Gaia o atual presidente Eduardo Vítor Rodrigues (PS), Vítor Marques (coligação Movimento por Gaia — MPT/PDR), Diana Ferreira (CDU), Renato Soeiro (BE), Alcides Couto (Chega), Cancela Moura (PSD/CDS-PP/PPM), Nuno Gomes de Oliveira (PAN), Orlando Monteiro da Silva (Iniciativa Liberal) e Ana Poças (Livre).