O candidato à presidência da Câmara da Figueira da Foz pelo movimento independente Figueira a Primeira, Pedro Santana Lopes, ouviu esta terça-feira queixas de falta de recursos do ensino especial e disse querer levar o ensino artístico às escolas.

De visita à Escola Secundária e de 3º Ciclo do Ensino Básico Cristina Torres, o antigo primeiro-ministro ouviu queixas da direção do Agrupamento de Escolas Figueira Norte, a que pertence o estabelecimento, quanto à falta de professores, psicólogos e terapeutas da fala no ensino especial, quando aumenta o número de alunos a acompanhar e a diversidade dos casos, na maioria dos quais dificuldades cognitivas e autismo.

Por isso mesmo, Santana Lopes quer “suprir a falta de pessoal” nesse domínio.

Preocupado em vir a articular melhor os transportes escolares com a rede pública de transportes, o candidato independente à presidência da Câmara da Figueira da Foz disse à agência Lusa que uma das suas prioridades na área da educação é levar o ensino artístico, e em particular a música, às escolas do concelho, depois de há 20 anos ter apostado no desporto.

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“O país, e a Figueira da Foz em particular, precisa de investimento para se estudar e aprender música. Estudei na Fundação Calouste Gulbenkian solfejo e depois violoncelo, dos cinco aos 14 anos, e acho que estudar música faz muito bem ao raciocínio”, sustentou.

Pedro Santana Lopes pretende também apostar no alargamento da rede pública do ensino pré-escolar e na educação para o mar nas escolas.

“A escola de formação de pescas da Figueira quase não tem pessoas da Figueira porque não se sentem vocacionadas para ir trabalhar no mar, porque as remunerações são baixas e as dificuldades são muito grandes”, explicou, acrescentando que é “necessário trabalhar muito com as escolas do ensino secundário para fazer sentir que a Figueira quer ser liderante neste domínio”.

Sobre a reversão do processo de fusão de freguesias no concelho, de que outros candidatos têm falado, Santana Lopes “está aberto” a reabrir esse dossiê, por considerar que “há casos em que os nomes mostram que há realidades diferentes”, sem querer detalhar mais o assunto.

Admitiu que a matéria “requer ponderação” e “tem de ser tratada com o poder central e com as populações”.

Às eleições autárquicas de domingo, na Figueira da Foz, no distrito de Coimbra, concorrem Bernardo Reis (CDU), Rui Curado Silva (BE), Pedro Machado (PSD), Miguel Mattos Chaves (CDS-PP), Pedro Santana Lopes (Figueira a Primeira) e Carlos Monteiro (PS), atual presidente da autarquia.

O executivo municipal da Figueira da Foz é liderado pelo PS, com seis mandatos, contra três do PSD.