O encontro em Tondela até começou da pior forma para o FC Porto, que voltou a ficar em desvantagem no jogo e logo nos minutos iniciais. No entanto, o intervalo chegou com a reviravolta feita e o final da partida confirmou o 38.º encontro sem perder dos dragões no Campeonato, que subiram assim à liderança (ainda que à condição) da prova muito por culpa de Mehdi Taremi, o MVP que subiu à liderança dos melhores marcadores da Primeira Liga com mais um golo do que o companheiro de equipa Luis Díaz.

Taremi é um caso sério de queda mas para o golo (a crónica do Tondela-FC Porto)

O avançado iraniano, que marcou o primeiro hat-trick pelos azuis e brancos (segundo em Portugal, quarto na carreira), confirmou a tendência para marcar ao conjunto beirão, somando já seis golos nos quatro encontros pelo Tondela. Desde Zé Luís, há mais de dois anos, que nenhum jogador dos dragões conseguia três golos num só jogo, com a particularidade de o iraniano ter passado a barreira dos 50 golos em Portugal em menos de duas épocas e meia entre Rio Ave e FC Porto. No final, guardou a bola do jogo.

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“Todos os jogos são importantes para nós porque somos o FC Porto e temos de ganhar todos os jogos. Obrigado aos adeptos por se deslocarem até aqui e apoiarem-nos muito, um obrigado que vem de todos nós, jogadores, equipa técnica e staff”, começou por referiu na zona de entrevistas rápidas da SportTV. “Jogo pela equipa sempre. Às vezes consigo ajudar muito a equipa, outras vezes não. Hoje tive um dia de sorte e marquei três, estou muito feliz. Obrigado a todos os colegas pelo esforço. Todas as competições são diferentes e este jogo era muito importante para nós, porque precisávamos desta vitória. É sempre difícil jogar após a Liga dos Campeões e felizmente conseguimos a vitória”, acrescentou depois o iraniano.

“O que disse ao Taremi? Ainda não estive com ele mas não tenho de dizer nada. Ele tem de fazer o trabalho e as tarefas que lhe são atribuídas. No último jogo, contra o AC Milan, em quatro remates não fez nenhum golo e hoje em quatro remates fez três golos. Da mesma forma que não lhe disse nada no último jogo e dei-lhe os parabéns pelo trabalho que teve no jogo, hoje também não devo dizer nada, porque ele está lá para isso, fazer golos. O Diogo [Costa] está lá para defender. Cada um tem o seu trabalho e as suas tarefas dentro do jogo”, comentou Sérgio Conceição na flash interview, entre algumas outras críticas.

“É estranho termos quase 70% de posse de bola e 23 faltas. Foi assinalada muita falta e foi dessa forma que o Tondela conseguiu fazer um golo. Acho estranho. Uma equipa que tem quase 70% de posse de bola tem 23 faltas e o adversário faz nove… Não acho que o jogo tenha sido assim tão duro”, apontou sobre a forma como Fábio Veríssimo conduziu a partida. E a razão para a irritação ao intervalo? “Não gostei de ver jogadores com pitões de borracha, por isso saí zangado. A aderência estava difícil ao relvado”.

“Nunca é fácil, depois de um jogo bem conseguido na Liga dos Campeões, vir jogar a Tondela, que vinha de três vitórias consecutivas, com equipa bem organizada, bem trabalhada. Entrar a perder nunca é bom, ainda para mais neste contexto. Acho que não nos afetou minimamente, fizemos um jogo muito competente, assumimos o jogo, criámos algumas situações para dilatar o marcador, principalmente na segunda parte. Mesmo no primeiro tempo, quando estava 11 para 11, antes da expulsão. Era a nossa obrigação, ter muita posse, sermos capazes de chegar por fora, por dentro, mesmo com pouco espaço, ter boa utilização da profundidade. Foi um bom jogo em todos os capítulos da nossa parte”, destacou.