O investimento direto em Macau proveniente do exterior caiu 14,5% em 2020, em comparação com o ano anterior, totalizando 300,20 mil milhões de patacas (32,25 mil milhões de euros), foi esta sexta-feira anunciado.

Em comunicado, a Direção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) do território apontou que Hong Kong e as Ilhas Caimão foram as duas maiores fontes do investimento direto no território em 2020.

Nesse ano, o investimento de Hong Kong cifrou-se em 84,06 mil milhões de patacas (9,03 mil milhões de euros), menos 5,3% que em 2019, e o das Ilhas Caimão em 69,74 mil milhões de patacas (7,49 mil milhões de euros), baixando 12,9%, de acordo com a nota.

O investimento proveniente do Interior da China (58,77 mil milhões de patacas ou 6,31 mil milhões de euros) e o das Ilhas Virgens Britânicas (47,94 mil milhões de patacas ou 5,15 mil milhões de euros) diminuiu 0,7% e 47,6%, respetivamente, em termos anuais, segundo a DSEC.

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Por setor económico, o investimento aplicado no ramo das atividades financeiras cifrou-se em 86,88 mil milhões de patacas (9,33 mil milhões de euros), mais 4,6%, enquanto o aplicado no setor do jogo atingiu 126,77 mil milhões de patacas (13,62 mil milhões de euros), menos 30,1% que no ano anterior, informaram os Serviços de Estatística e Censos.

Em Macau, no ano passado, o investimento direto proveniente do exterior “registou uma saída de 57,48 mil milhões de patacas” (6,18 mil milhões de euros), “devido principalmente às empresas de jogo terem registado prejuízos”, apontou ainda a DSEC.

Em 2020, devido ao impacto da pandemia de Covid-19, os casinos em Macau terminaram o ano com uma quebra de 79,3% em relação ao ano anterior.

As Ilhas Virgens Britânicas, Ilhas Caimão e Hong Kong “registaram saídas de 43,38 mil milhões de patacas [4,66 mil milhões de euros], 10,94 mil milhões de patacas [1,18 mil milhões de euros] e 7,59 mil milhões de patacas [cerca de 815 milhões de euros]”, respetivamente.

Já o stock do investimento direto efetuado por Macau no exterior totalizou 69,89 mil milhões de patacas (7,51 mil milhões de euros) até final de 2020, subindo 21,6%, em termos anuais, informaram Serviços de Estatística e Censos.

A DSEC salientou que o valor aplicado no Interior da China foi de 12,36 mil milhões de patacas (1,33 mil milhões de euros), um aumento de 160%, em termos anuais, “subindo significativamente”.

A China e Hong Kong foram os principais destinos do investimento no exterior das empresas de Macau, tendo 61,29 mil milhões de patacas (6,58 mil milhões de euros) sido investidos no interior da China (61,29 mil milhões de patacas ou 6,58 mil milhões de euros), com 77,6% desse valor aplicado na província de Guangdong, segundo a mesma fonte.

Na ilha chinesa de Hengqin foram ainda aplicados 27,86 mil milhões de patacas (2,99 mil milhões de euros), o que representa mais 64,6%, em termos anuais.

A maioria do investimento no exterior foi realizado por empresas do ramo do desenvolvimento, arrendamento e venda de imóveis (27,27 mil milhões de patacas ou 2,93 mil milhões de euros) e de comércio por grosso e retalho (12,30 mil milhões de patacas ou 1,32 mil milhões de euros), mais 67% e 14,2%, em termos anuais.

O investimento aplicado pelas empresas de Macau no exterior, em 2020, fixou-se em 9,44 mil milhões de patacas (1,01 mil milhões de euros), aumentando 34,6%, em termos anuais.